O Bumba Meu Boi tem um forte vínculo com o artesanato. Demanda muitas habilidades e conhecimentos para a produção do boi, das indumentárias, dos chapéus, dos adereços para os diversos personagens, além dos instrumentos musicais. Bordado, entalhe, diferentes tipos de montagem, costura e ornamentação são as técnicas mais presentes, que mobilizam centenas de artesãos.
Os bordados e os entalhes se destacam num universo de inventividade e excelência de execução onde já foram registrados 417 artesãos, situados em 57 municípios. As regiões com maior número de artesãos do Bumba Meu Boi são a Baixada Maranhense + Pindaré Mirim (55% do total), em seguida o Litoral Ocidental (16%) e depois a região do Munim (9,5%).
As cidades que reúnem maior número artesãos do Bumba Meu Boi são Matinha, Monção, Cururupu, Cajari, Pindaré Mirim, Penalva e Viana, mas há núcleos significativos em muitos municípios.
BORDADOS
Os bordados do Bumba Meu Boi utilizam principalmente o canutilho, a miçanga e o paetê, mas também se empregam materiais brilhosos variados como contas, pedraria, galões...
Joanilde Rosa da Conceição (Nizinha) bordando para uma indumentária de Índia do Boi da Pindoba. Paço do Lumiar
Domingas do Carmo Leite Costa. Sede/ Cajari
Marlene Nunes de Lima borda à máquina as indumentárias e o lombo do boi. Sede/ Santa Inês
Juliana Cristina Santos Moraes pertence a uma família de bordadores. Sede/ Axixá
Os bordados são feitos à mão ou na máquina de costura por mulheres e homens, que trabalham sozinhos ou em conjunto para dar conta de peças grandes e trabalhosas como o couro do boi ou de uma quantidade grande de indumentárias. São comuns núcleos familiares dedicados à produção dos bordados.
O termo couro ou lombo do boi refere-se ao tecido do revestimento final - em geral veludo, mas pode ser outro - decorado com bordado, aplicação de enfeites ou pintado. Não se trata do couro do animal, o termo é uma alusão a ele.
Júlio César Santos Moraes bordando o couro do boi em bastidor de mesa. Sede/ Axixá
Benedito Firmino da Silva (Cibite) borda diretamente sobre a carcaça do boi. Na foto mostra os pontos visíveis no interior. Sede/ Caxias
Avesso do bordado direto na carcaça do boi.
Marlene Nunes de Lima, especialista no bordado à máquina, utilizando o bastidor. Sede/ Santa Inês
O bordado é feito à mão - com bastidor ou mesa de bordar se a peça for grande, ou na máquina de costura - também com uso de bastidor. Depois do bordado pronto, o couro (veludo bordado) é costurado ou fixado com alfinetes/ agafes sobre o revestimento da carcaça do boi. Alguns artesãos bordam diretamente sobre a carcaça já pronta e revestida de veludo ou tecido, atravessando as camadas tecido e de buriti.
Há bordadoras e bordadores especialistas no couro do boi e há os artesãos especialistas na confecção do boi completo, da carcaça ao bordado.
Bordado do boi feito por Daniel Pereira Matos. Sede/ Cachoeira Grande
Niel Ribeiro é um mestre na confecção do boi completo, cangalha e bordado. Trabalha especialmente para o boi de zabumba, que tem como características a cabeça, o lombo e o lenço bordados. Era o preferido por Mestre Marcelino, do Boi de Guimarães. Jacarequara/ Cedral
Cabeça bordada do boi de zabumba. Niel Ribeiro. Jacarequara/ Cedral
Couro do boi em homenagem a Mestre Marcelino realizado por Niel Ribeiro. Jacarequara/ Cedral
Couro do boi em homenagem a Mestre Marcelino realizado por Niel Ribeiro. Jacarequara/ Cedral
Cabeça bordada do boi de zabumba. Niel Ribeiro. Jacarequara/ Cedral
Cabeça bordada do boi de zabumba. Niel Ribeiro. Jacarequara/ Cedral
Boi completo realizado por Niel Ribeiro. Jacarequara/ Cedral
O bordado do couro do boi demanda de 3 a 6 meses para ser concluído e pode envolver mais de uma pessoa. Cada artesão tem suas próprias características ao bordar, como a forma de colocar o canutilho, a técnica de contorno e depois preenchimento do desenho, a mescla entre canutilho e miçanga, a presença de diversos materiais e muitas outras.
Boi bordado direto sobre a capoeira por Joel Alves dos Reis e os filhos Carlos Ernesto, João Arley e Raniery, uma família dedicada às artes do Bumba Meu Boi. Sede/ Presidente Juscelino
Boi completo armado e bordado por Mestre Luizão (Luís Gonzaga de Jesus Santos), que borda indumentárias e o boi de zabumba desde 1965. Seu bordado tem características pessoais e segue a tradição. Engenho do Lago/ Porto Rico do Maranhão
Luzinete Pereira Azevedo (Neta) borda o couro do boi, chapéu e indumentárias. Vila Filuca/ Pinheiro
Luzinete Pereira Azevedo (Neta) borda o couro do boi, chapéu e indumentárias. Vila Filuca/ Pinheiro
Cledson do Rosário Araújo borda à mão o couro do boi, chapéu e indumentária de vaqueiro para o boi de orquestra. Sede/ Pinheiro
Detalhe do bordado de Cledson do Rosário Araújo. Sede/ Pinheiro
Ezequiel Moraes é discípulo de Mestre Filogonio Pinho e borda para o Bumba Meu Boi desde os 18 anos. Sua esposa e seus filhos também são bordadores do boi de orquestra. Sede/ Axixá
José Messias Moreira Lins borda o couro do boi, chapéu e indumentária. Sede/ Carutapera
Roseane Oliveira Dias (Poca) faz o bordado do couro do boi e da indumentárias. Ilha de Lençóis/ Cururupu
Olivina Lima borda indumentárias, chapéu de pena e o lombo do boi, que é composto por três partes. Mata Boi/ Monção
O boi pode ter apenas o couro bordado ou cada uma de suas partes : o couro, o rabo, a cara, o lenço, cangote e até a língua...
No Boi de Zabumba, por exemplo, a cabeça do boi é toda bordada, assim como o rabo. Há variações conforme o sotaque e a região.
Jadson de Jesus Monteiro Oliveira é filho de Mestre João Jico, com quem aprendeu a bordar. Domina tanto o bordado do boi, indumentárias e chapéus, como a execução das armações do boi, da burrinha, do carneiro, dos chapéus. Sua mãe também é bordadora. Sede/ Cururupu
Jadson de Jesus Monteiro Oliveira é filho de Mestre João Jico, com quem aprendeu a bordar, usando a técnica do contorno e aplicação sobre o veludo. Sua mãe também é bordadora. Sede/ Cururupu
Jadson de Jesus Monteiro Oliveira é filho de Mestre João Jico, com quem aprendeu a bordar. Além do couro, o boi tem a cabeça, o rabo e o lenço bordados. Sede/ Cururupu
Julimar de Jesus Monteiro Oliveira borda o couro do boi, indumentárias e chapéus. è a mãe de Jadson. Sede/ Cururupu
Renata de Cássia Vieira da Silva aprendeu a bordar com Mestra João Jico. Borda o couro do boi, indumentárias e chapéus. Sede/ Cururupu
Renata de Cássia Vieira da Silva aprendeu a bordar com Mestra João Jico. Borda o couro do boi, indumentárias e chapéus. Sede/ Cururupu
Língua do boi bordada. Santa Vitória/ Matinha
Na Baixada Maranhense, o boi já revestido de veludo ou tecido recebe um manto bordado, em formato retangular, composto pela parte central e duas laterais. Esse manto bordado ou ornamentado é chamado de lombo do boi. O boi piranha é o nome utilizado quando as laterais do manto são vermelhas e a parte central preta.
Áurea dos Reis Marques Figueiredo Silva borda indumentárias, farda de Cazumba, chapéu de pena e o lombo do boi. Sede/ Cajari
Francisca Guimarães dos Reis borda o couro do boi, indumentárias e chapéus. Sede/ Pindaré Mirim
Domingas Trindade Rolandes (Moça) borda à máquina o lombo do boi, indumentárias e chapéus. Jacarecoara/ Matinha
Lombo bordado à mão por Mariana Nunes Abreu (Pantufa), que também borda o terno do baiante, a farda de Cazumba e a frente do chapéu de pena. Sede/ Monção
Nilza Helena Azevedo Câmara (Nenê) borda à mão o lombo do boi, terno de baiante, farda de Cazumba e chapéu. Santa Vitória 1/ Matinha
Capitolina dos Santos Melônio (Capitó) borda à mão o lombo do boi, terno de baiante e chapéu. Sede/ Matinha
Lombo do boi bordado por Capitolina dos Santos Melônio (Capitó). Sede/ Matinha
Lombo do boi bordado por Pedro Paulo Bogéa (Pedro Coroca), que também borda farda de Cazumba, terno de baiante e chapéu de pena. Sede/ Igarapé do Meio
As artes do Bumba Meu Boi têm em Djalma Marquês um de seus
grandes mestres. Faz o boi completo (da armação ao bordado), borda
indumentárias e chapéus com primor. Também faz o carneiro, a jumento e a vara
de ferrão do vaqueiro. Estabelecido em Mirinzal, começou a bordar em 1957 para
a brincadeira comandada por seu pai. É muito reconhecido na região e também em
São Luís, trabalhando para muitas brincadeiras.
Djalma Marquês Silva e seu primoroso trabalho na execução do bordado e do boi. Sede/ Mirinzal
Boi completo com cangote e lenço feito por Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
Boi completo com cangote feito por Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
Boi completo com cangote feito por Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
Boi completo com cangote feito por Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
Chapéu bordado com franja. Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
Chapéu bordado com franja. Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
Chapéu bordado com franja. Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
Chapéu bordado com franja tarrafa. Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
Gola do Vaqueiro do Boi de Zabumba com franja chocalho. Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
Meia saia da vestimenta do vaqueiro. Djalma Marquês Silva. Sede/ Mirinzal
O bordado floral de Guimarães
Guimarães é o berço do sotaque de zabumba, um dos sotaques mais antigos. Atualmente, a brincadeira criada por Mestre Marcelino continua sendo um grande destaque do São João, segue forte com a qualidade de
suas toadas, de seu batuque e de seus bordados. Ali os motivos florais
predominam e há uma maneira diferente de aplicar o canutilho, de forma
inclinada. A cidade reúne bordadoras e bordadores de grande qualidade, presentes na
sede e nos povoados.
Ivete Dias Azevedo Martins é filha de Mestre Marcelino e exímia bordadora. Faz a roupa do bailante, o chapéu e o couro do boi. Damásio/ Guimarães
José Pedro Costa Viana (Pedro Currupira) borda gola, saiota, chapéu, colete e calça para o boi de zabumba. Jenipaúba/ Guimarães
Jovânia Moreira Silva (Gigi) borda à mão chapéu, gola e meia saia. Sede/ Guimarães
Emídia Maria Pereira Silva borda chapéu, gola e meia saia. Sede/ Guimarães
Chapéu bordado por Emídia Maria Pereira Silva. Sede/ Guimarães
Meia gola em execução. Emídia Maria Pereira Silva. Sede/ Guimarães
Evarista Avelar (Nhá Bá) borda à mão chapéu, gola e meia saia. Sede/ Guimarães
Detalhe de gola bordada por Evarista Avelar (Nhá Bá) . Sede/ Guimarães
Luís Magno Barbosa (Bacé) borda à mão chapéu com franja chuveirinho, saiota e gola. Carapirá/ Guimarães
Saiota bordado por Luís Magno Barbosa (Bacé). Carapirá/ Guimarães
Belina do Espírito Santo Ferreira Rodrigues borda à mão o chapéu, gola e saiota. Também faz o chapéu em miniatura e terço bordado. Sede/ Guimarães
Gola bordada por Belina do Espírito Santo Ferreira Rodrigues. Sede/ Guimarães
Dulcileide Soares Seguins iniciando o bordado da gola em bastidos de mesa. Cumã/ Guimarães
Bordado do Boi de Costa de Mão
O sotaque de Costa de Mão está presente em Cururupu, Serrano do Maranhão, Bacuri e São Luís (trazidos por migrantes). A indumentária característica é constituída pela jaqueta/ camisa e o calção. Os bordados são cheios e bastante elaborados.
Maria Luíza Santos grande bordadora do Boi Rama Santa, faz as indumentárias e o lombo do boi. Sede/ Cururupu
Maria Luíza Santos finalizando uma jaqueta do Boi Rama Santa. Sede/ Cururupu
Maria José Borges Chaves borda e costura indumentárias, chapéus e o couro do Boi para o sotaque de zabumba e para o sotaque costa de mão. Sede/ Cururupu
Maria José Borges Chaves borda e costura indumentárias, chapéus e o couro do Boi para o sotaque de zabumba e para o sotaque costa de mão. Sede/ Cururupu
Valdina Silva Reis borda junto com suas filhas para diversas boiadas de zabumba e de costa de mão. Sede/ Cururupu
Gregória Mercedes Ferreira (Tuchinha) borda para o Boi da Soledade. Soledade/ Serrano do Maranhão
Gregória Mercedes Ferreira (Tuchinha) borda para o Boi da Soledade. Soledade/ Serrano do Maranhão
Quilombo do Graça em Matinha
O povoado se destaca no artesanato voltado ao Bumba Meu Boi. São 12 artesãos que se dedicam aos bordados e à confecção de caretas de Cazumba. A comunidade tem a sua brincadeira, o Boi Alegria do Povo.
Audilene de Jesus Diniz (Dica) borda indumentárias, farda de Cazumba e chapéu. Quilombo do Graça/ Matinha
Audilene de Jesus Diniz (Dica) borda indumentárias, farda de Cazumba e chapéu. Quilombo do Graça/ Matinha
Elisa de Jesus Diniz dos Santos (Capó) borda terno, chapéu e farda de Cazumba. Quilombo do Graça/ Matinha
Maria das Dores Mendonça Serra borda o terno do baiante (colete e tanga). Quilombo do Graça/ Matinha
Maria das Dores Mendonça Serra borda o terno do baiante (colete e tanga). Quilombo do Graça/ Matinha
Geane Melônio dos Santos (Gê) borda terno, chapéu, lombo do boi e também o capacete e a faixa para o Baile de São Gonçalo. Quilombo do Graça/ Matinha
Maria do Rosário Mendonça borda terno, roupa da índia e farda de Cazumba. Quilombo do Graça/ Matinha
Maria do Rosário Mendonça borda terno, roupa da índia e farda de Cazumba. Quilombo do Graça/ Matinha
Benedita Ribeiro Mendonça (Bibi) borda farda de Cazumba e roupa de índia. Quilombo do Graça/ Matinha
Domingas Serra Mendonça borda farda de Cazumba e roupa da índia. Quilombo do Graça/ Matinha
Antonia de Jesus Diniz é especialista no bordado da farda de Cazumba. Quilombo do Graça/ Matinha
Antonia de Jesus Diniz é especialista no bordado da farda de Cazumba. Quilombo do Graça/ Matinha
Raimundo Nonato Costa Alves (Renato) borda a farda e faz a careta de Cazumba. Quilombo do Graça/ Matinha
Farda bordada por Raimundo Nonato Costa Alves (Renato). Quilombo do Graça/ Matinha
José Raimundo Cutrim Serra (Tolico) faz a careta completa de Cazumba (queixo e torre). Quilombo do Graça/ Matinha
Bordado na máquina de costura da Baixada Maranhense
O bordado à máquina é uma das especialidades da Baixada Maranhense. Primeiro são feitos os fios de canutilho e de miçanga, depois eles são aplicados com auxílio do bastidor, acompanhando os desenhos marcados no veludo.
Maria José Aragão Costa, mestra do bordado à máquina há mais de 50 anos. Sede/ Viana
Tanga bordada à máquina por Domingas Trindade Rolandes (Moça). Jacarecoara/ Matinha
Domingas Trindade Rolandes (Moça) é uma mestra no bordado à máquina. Borda chapéu, lombo do boi, farda de cazumba e indumentárias. Jacarecoara/ Matinha
Domingas Trindade Rolandes (Moça) é uma mestra no bordado à máquina. Jacarecoara/ Matinha
Elizaldo Raimundo Simas, nascido em Penalva, é muito reconhecido pelo seu bordado à máquina, faz o lombo do boi e indumentárias para boiadas de toda a Baixadas. Formou diversos bordadores. Sede/ Santa Inês
Elizaldo Raimundo Simas, nascido em Penalva, é muito reconhecido pelo seu bordado à máquina, faz o lombo do boi e indumentárias para boiadas de toda a Baixadas. Formou diversos bordadores. Sede/ Santa Inês
Fios de miçangas e de canutilhos já preparados para o bordado à máquina. Marlene Nunes de Lima. Sede/ Santa Inês
Marlene Nunes de Lima borda à máquina as indumentárias e o lombo do boi. Sede/ Santa Inês
Bordado à máquina de Marlene Nunes de Lima. Sede/ Santa Inês
Francisco das Chagas dos Santos Barroso borda à máquina chapéus, indumentárias e o lombo do boi. Sede/ Pindaré Mirim
Francisco das Chagas dos Santos Barroso bordando com bastidor. Sede/ Pindaré Mirim
Maria Lúcia Pereira é reconhecida no bordado à máquina e já ensinou muitas mulheres. Borda para toda a região as indumentárias, chapéus e farda de Cazumba. Sede/ Penalva
Maria Lúcia Pereira. Sede/ Penalva
Indumentárias, chapéus, farda de Cazumba e o couro do boi podem ser bordados à máquina.
Bárbara Mendes Matos (Bibi) é uma mestra do bordado à máquina, faz indumentárias, chapéu, o lombo do boi e farda de Cazumba. Sede/ Pindaré Mirim
Heronita Campelo Mendonça, bordadora reconhecida, borda à máquina e à mão. Sede/ Viana
Bordado de Heronita Campos Mendonça. Sede/ Viana
Tanga feita por Josielma Pinheiro Santos (Jósa), que borda à máquina com bastidor e também à mão todo tipo de indumentária, chapéu, lombo do boi e farda de Cazumba. Jacaré/ Penalva
Eliana Pereira Moraes (Li) borda à máquina chapéu e efeito do baiante. Sede/ Olinda Nova do Maranhão
Tanga bordada à máquina por Martinha Silva. Sede/ Santa Inês
Guarda-peito bordado à máquina por Martinha Silva. Sede/ Santa Inês
Luís Carlos Campos borda à máquina e à mão chapéus, indumentárias, o lombo do boi, farda de Cazumba e ainda faz alguns instrumentos musicais para sua boiada. Sede/ Pindaré Mirim
Maria José Mendonça borda à máquina e à mão chapéu, indumentária, lombo do boi e farda de Cazumba. Timbiras/ Pedro do Rosário
Tanga bordada por Maria José Mendonça. Timbiras/ Pedro do Rosário
Bordado das indumentárias
Cada sotaque de Bumba Boi tem sua indumentária característica e seus personagens, havendo também muita variação regional. Os bordados estão presentes em praticamente todas as indumentárias.
Penalva, Matinha e Cajari são municípios que se destacam por reunir grande número de bordadoras e bordadores, com trabalho excelente. Mas, há bordadores em inúmeras cidades.
Edna Maria Santos Lima borda chapéu, gola, saia e peitoral. Sede/ Cururupu
Edna Maria Santos Lima borda chapéu, gola, saia e peitoral. Sede/ Cururupu
Edna Maria Santos Lima borda chapéu, gola, saia e peitoral. Sede/ Cururupu
Teresa de Jesus Diniz Pinto borda chapéu, rudaque e gola do boi de zabumba. Sede/ Cururupu
Teresa de Jesus Diniz Pinto borda chapéu, rudaque e gola do boi de zabumba. Sede/ Cururupu
Teresa de Jesus Diniz Pinto borda chapéu, rudaque e gola do boi de zabumba. Sede/ Cururupu
Josefina Ribeiro borda o couro do boi, chapéu e indumentárias do boi de zabumba e de costa de mão. Sede/ Cururupu
Josefina Ribeiro borda o couro do boi, chapéu e indumentárias do boi de zabumba e de costa de mão. Sede/ Cururupu
Ricardina Pires Rabelo (Cadoca) borda o couro do boi, chapéu e indumentária do boi de zabumba. Aquiles Lisboa/ Cururupu
Chapéu bordado por Ricardina Pires Rabelo (Cadoca). Aquiles Lisboa/ Cururupu
Gola do boi de zabumba bordada por Julimar de Jesus Monteiro Oliveira. Sede/ Cururupu
Maria Olindina Lopes borda, com a filha Sirlene, o couro do boi e indumentárias. Pacas/ Pinheiro
Maria Olindina Lopes borda, com a filha Sirlene, o couro do boi e indumentárias. Pacas/ Pinheiro
No sotaque da Baixada, a indumentária da maioria dos bailantes é composta por tanga/ saiota e guarda-peito; no sotaque de zabumba, gola e meia saia/ rudaque; no sotaque costa de mão, jaqueta/ camisa e calção; no sotaque de orquestra calça e camisa ou capa e tanga ou ainda colete e calça.
José Ribamar Pinheiro (Zé Raimundo) borda chapéu de canutilho, chapéu de pena, terno do baiante. Sede/ Penallva
Tanga bordada por José Ribamar Reis Neto, que também faz chapéu, frente e costa do chapéus de pena, enfeito completo do baiante e colete. Sede/ Penalva
Tanga bordada por Luís Carlos da Cruz Soares (Cabôco), que também faz boi completo bordado na capoeira, chapéu de canutilho, chapéu de pena, o terno baiante e ainda instrumentos musicais. Sede/ Matinha
Luzimar Barros Andrade ensinou o vizinho Arilson Barros Ferreira (Dodozinho) a bordar, trabalham juntos bordando o enfeito do baiante e a roupa da tapuia. Jacaré/ Penalva
Tanga bordada por Luzimar Barros Andrade e Arilson Barros Ferreira (Dodozinho). Jacaré/ Penalva
Guarda-peito bordado por Luzimar Barros Andrade e Arilson Barros Ferreira (Dodozinho). Jacaré/ Penalva
Nilza Helena Azevedo Câmara (Nenê) borda chapéu, terno do baiante, lombo do boi e farda de Cazumba. Santa Vitória 1/ Matinha
Tanga bordada por Nilza Helena Azevedo Câmara (Nenê). Santa Vitória 1/ Matinha
Mariana Nunes Abreu (Pantufa) borda terno de baiante, lombo do boi, farda de Cazumba e frente de chapéu. Sede/ Monção
Ana Costa Silva (Noquinha) borda chapéu, frente de chapéu de pena, terno de baiante e farda de Cazumba. Sede/ Matinha
Tanga bordada por Ana Costa Silva (Noquinha). Sede/ Matinha
Guarda-peio bordado por Domingas do Carmo Leite Costa. Sede/ Cajari
Tanga bordada por Domingas do Carmo Leite Costa, que também borda o lombo do boi, chapéu de pena e chapéu do cantador. Sede/ Cajari
Agissandra Ferreira Silva (Santa de Zé Manuel) borda tanga, colete, chapéu e farda de Cazumba. Tanque/ Matinha
Margarete Santos Costa (Margô) borda chapéu, terno do baiante e farda de Cazumba. Sede/ Pindaré Mirim
Maria Raimunda Patrício Prado borda enfeito de baiante e de batuqueiro, também farda de Cazumba. Tadeia/ Cajari
Tanga bordada por Áurea dos Reis Marques Figueiredo Silva. Sede/ Cajari
Camisa do batuqueiro bordada à máquina pela mestra Maria Lúcia Pereira, que ensinou muitas mulheres a bordar. Sede/ Penalva
Calça do batuqueiro bordada por Maria Domingas Mendes, que faz diversas indumentárias. Sede/ Penalva
Camisa do batuqueiro bordada por Maria Domingas Mendes. Sede/ Penalva
Maria do Livramento Sousa Soares borda à mão para diversas brincadeiras. Sede/ Penalva
Camisa do batuqueiro bordada à mão por Maria do Livramento Sousa Soares. Sede/ Penalva
Calça de batuqueiro bordada por Maria Raimunda Patrício Prado. Tadeia/ Cajari
Adão Silva Mascarenhas borda à mão indumentárias, chapéus, roupa do vaqueiro, farda de cazumba... Também faz a careta completa (queixo e torre). Areias/ Pindaré Mirim
José Raimundo Soares (Jamaica) borda à mão indumentárias e chapéus. Sede/ Monção
José Raimundo Soares (Jamaica) borda à mão indumentárias e chapéus. Sede/ Monção
Maria de Oliveira Nunes (mariô) borda o lombo do boi, terno do baiante, farda de Cazumba e chapéu. Sede/ Pindaré Mirim
A Cazumba é um personagem do sotaque da Baixada. Sua farda/ bata/ capote é uma peça com extensa área bordada, por isso a maioria dos artesãos utiliza paetê e miçanga, para que a peça não fique muito pesada e dificulte o gingado da personagem. Mas há artesãos que utilizam canutilho e miçanga e bordam à máquina. Mais raro de encontrar é o par de faixas de Cazumba, usado como complemento da farda.
Além de Cazumba, Mário Marques é um excelente bordador de fardas, indumentárias, chapéu e do lombo do boi. Borda à mão utilizando paetê e miçanga. Sede/ Penalva
Frente da farda bordada por Mário Marques. Sede/ Penalva
Costa da farda bordada por Mário Marques. Sede/ Penalva
Farda bordada por Juvenal Rosa Martins borda farda de Cazumba com paetê e miçanga e entalha a torre da careta. Sede/ Pindaré Mirim
Farda bordada por Raimundo Nonato Costa (Camaleão), que além do bordado, faz a careta completa. Sede/ Penalva
Farda bordada por Raimundo Nonato Costa (Camaleão), que além do bordado, faz a careta completa. Sede/ Penalva
Lindalva Pereira Mendonça borda fardas com paetê e miçanga. Reforma/ Matinha
Maria José Machado Freitas borda farda, chapéu e roupa da índia. Sede/ Matinha
Par de faixas de Cazumba bordado por Margarete Santos Costa (Margô). Sede/ Pindaré Mirim
Muitos Cazumbas fazem a própria indumentária, incluindo desenho e bordado da farda e desenho e entalhe da careta, composta pelo queixo/ máscara e a torre. Outros se especializam em uma das partes. É comum que o próprio Cazumba seja o autor de pelo menos parte de sua indumentária. Há grandes especialistas dentre as bordadoras e os bordadores dedicados às fardas.
Waldina Prado Campelo borda farda, indumentárias e frente de chapéu. São Miguel dos Correa/ Cajari
Farda bordada por Waldina Prado Campelo. São Miguel dos Correa/ Cajari
Alberto dos Santos Froz (Batata) costura e borda sua farda e ainda faz a careta completa com símbolo no topo, o cofo mala e o copo. Santa Maria dos Tejus/ Viana
José Ribamar Santos Meireles borda sua farda e também faz a careta. Pequizeiro do Evaristo/ Monção
José Ribamar Santos Meireles borda sua farda e também faz a careta. Pequizeiro do Evaristo/ Monção
Bárbara Mendes Matos (Bibi) costura e borda a farda à máquina. Sede/ Pindaré Mirim
Farda bordada à máquina por Marlene Nunes de Lima. Sede/ Santa Inês
Farda bordada por Ana Luzia Carvalho Campos (Sinhá), que também borda chapéus, indumentárias e o couro do boi. Santa Severa/ Cajari
Indumentárias e capacetes de pena
A roupa do Caboclo de Pena do sotaque de matraca é uma indumentária muito especial e tem seus especialistas, o bordado está mais presente no peitoral.
Indumentárias do Caboclo de Pena feitas por Flor de Maria Galvão Santana . Sede/ São José de Ribamar
Roupa de índia feita por Maria da Luz Goveia (Pixixita): costura, bordado e montagem. Sede/ Paço do Lumiar
Indumentária do Caboclo de Pena feita por Joanilde Rosa da Conceição (Nizinha): costura, bordado, montagem. Pindoba/ Paço do Lumiar
Peitoral da Roupa da Índia bordado por Maria Lúcia Ribeiro. Sede/ São José de Ribamar
As roupas das índias, presentes nos diversos sotaques, levam bordado em pequenas áreas, como as palas, parte do capacete/ cocar, perneiras, braceletes e munhequeiras. O uso das penas é o maior destaque dessas indumentárias.
Gertrudes Silva Câmara faz o cocal da índia. Santa Vitória 1/ Matinha
Elielson Marques Mendes faz a roupa das Índias completa, com cocar. Sede/ Carutapera
Elielson Marques Mendes com o cocar das Índias completa. Sede/ Carutapera
Cocar da indumentária da Índia feito por Jeferson Azevedo. Sede/ Godofredo Viana
Wilson Carlos Rodrigues faz a indumentária da Índia completa, chapéu de vaqueiro campeador, flecha e lança decoradas. Sede/ Cachoeira Grande
Maria Raimunda Timóteo Campos faz a roupa da Índia completa e borda chapéus. Sede/ Monção
Maria Aline Sousa Bezerra faz a roupa completa da Índia. São Miguel dos Correa/ Cajari
Cocar feito por Cícero Ribeiro. Sede/ Axixá
Cícero Ribeiro é especialista no cocar da Índia. Sede/ Axixá
A franja é um complemento importante de chapéus e indumentárias. Os tipos de franja mais usados são o chuveiro do chapéu de pena, o topo do chapéu de fita, a franja tarrafinha/ redinha/ malha (que tem a trama de uma rede de pesca) e o chuveirinho (franja de vários fios) usadas nos chapéus e nas indumentárias. Também foram mencionadas pelos artesãos a franja chocalho e a franja vassoura. O chuveirinho pode formar o nome do bailante ou da brincadeira, aplicado ao redor da aba do chapéu. A franja das indumentárias em geral vai de 3 até 8 cm. Muitos artesãos dedicam-se somente às franjas.
Erick Augusto Silva Luz faz as franjas para indumentárias e chapéu, trançada, com nome e outros tipos. Sede/ Guimarães
Franja de chapéu com nome feita por Moisés Avelar Azevedo. Sede/ Guimarães
Moisés Avelar Azevedo faz franja tarrafinha e de fio para chapéus e indumentárias. Sede/ Guimarães
Chapéus
São muitos os tipos de chapéu utilizados no Bumba Meu Boi. Todos eles ricamente bordados ou decorados. Destacam-se o chapéu bordado com franjas, o chapéu de pena do sotaque da Baixada, o chapéu de fita do sotaque de zabumba, o chapéu de fita do sotaque de matraca, o chapéu gaiola do amo e o chapéu de fita do sotaque de orquestra da região do Munim.
Frente do chapéu de pena bordado à mão por Maria Gomes Silva (Maria de Neco Preto), que também borda chapéu com franja, indumentárias e o lombo do boi. Sede/ Monção
Costa do chapéu de pena bordado à mão por Maria Gomes Silva (Maria de Neco Preto), que também borda chapéu com franja, indumentárias e o lombo do boi. Sede/ Monção
Maria de Nazaré Pereira da Silva borda a testeira do chapéu de pena. Cavaleiro/ Cajari
Luís Carlos Campos borda o chapéu de pena à mão ou à máquina. Sede/ Pindaré Mirim
Chapéu com franja tarrafinha bordado por Francinelma Diniz Pinto, que aprendeu com a mãe Teresa. Também borda indumentária e faz as franjas. Sede/ Cururupu
Chapéu com bordado tarrafinha e franja bordado por Capitolina dos Santos Melônio (Capitó). Sede/ Matinha
Luís Fernando Ferreira Lobato é especialista em chapéus e indumentárias do boi de orquestra. Sede/ Morros
Chapéu bordado por Luís Fernando Ferreira Lobato. Sede/ Morros
Ângela Maria Moreira borda à mão chapéus, indumentárias e o couro do boi. Aquiles Lisboa/ Cururupu
Chapéu do vaqueiro campeador bordado por Carlos Ernesto Carvalho dos Reis. Sede/ Presidente Juscelino
Chapéu do vaqueiro bordado por Cledson do Rosário Araújo. Sede/ Pinheiro
Gilmara Cutrim Silva borda chapéu de franja, chapéu de pena, indumentárias e farda de Cazumba. Sede/ Cajari
Astolfo Silva borda chapéu, o couro do boi e indumentárias. Sede/ Apicum-Açu
Francisca de Fátima Gomes borda chapéu de franja, indumentária e farda de Cazumba do Boi Facilita. Cacoal/ Viana
O bordado dos chapéus utiliza canutilho, miçanga, paetê e todo tipo de brilho (pedraria, contas, galão e outros). Embora a maioria dos chapéus seja bordada à mão, há artesãos que bordam à máquina. O bordado pode ser feito diretamente sobre o chapéu (já revestido ou chapéu pronto de baeta) como também ser realizado sobre o veludo, que é aplicado no chapéu posteriormente.
Chapéus do vaqueiro de fita bordados e montados por Carlos Ernesto Carvalho dos Reis e João Arley Carvalho dos Reis. Sede/ Presidente Juscelino
Chapéu do Amo do Boi com duas palmas, bordado por Joel Alves dos Reis. Sede/ Presidente Juscelino
José Ribamar Muniz Matos Júnior e o chapéu do caboclo de fita. Sede/ Cachoeira Grande
José Ribamar Pinheiro (Zé Raimundo) e o chapéu de pena com chuveiro. Sede/ Penalva
Chapéu de canutilho bordado por José Ribamar Pinheiro (Zé Raimundo). Sede/ Penalva
Luzinete Pereira Azevedo (Neta) borda chapéus, indumentárias e o couro do boi. Vila Filuca/ Pinheiro
Chapéu do cantador bordado por Luzinete Pereira Azevedo (Neta). Vila Filuca/ Pinheiro
Chapéu do cantador bordado por Luzinete Pereira Azevedo (Neta). Vila Filuca/ Pinheiro
Chapéu com franja bordado à mão por Márcia Santana Pereira. Sede/ Penalva
Margarete Santos Costa (Margô) e o chapéu de franja bordado à mão. Sede/ Pindaré Mirim
Maria Enide Martins Salazar (Aninha) com o chapéu bordado. Ladeira/ Cajari
Maria do Livramento Correia é especialista no bordado do chapéu de pena, chapéu do vaqueiro e chapéu de franja. Sede/ Pindaré Mirim
Chapéu bordado por Sebastião Santos Ferreira (Sebastião da Romeira). Sede/ Caxias
Armação do chapéu de fita e do chapéu de pena
Os chapéus de fita e de pena recebem farta e extensa ornamentação,
o que faz necessária uma sustentação, que deve ser firme, mas não pode ser
pesada. Há artesãos que fazem todas as etapas dos chapéus, da armação ao
bordado e montagem; há os que são especialistas na armação, que inclui a fixação das penas e das fitas.
O chapéu de fita utiliza um chapéu base feito com o talo do
buriti, material muito leve, que é todo costurado. Depois é revestido com o veludo
bordado ou outro tipo de ornamento e então recebe as longas fitas de cetim ou
galão e franja ou grade de canutilho e contas.
José Carlos Silva (Carreiro) é bailante do Boi de Guimarães e faz a base de murutim (buriti) do chapéu de fita. Também faz franja e chapéu bordado à mãos. Sede/ Guimarães
Base do chapéu de fita feita com o talo do murutim/ buriti e toda costurada. José Carlos Silva (Carreiro). Sede/ Guimarães
Dentre os diversos produtos que Valmir Moreira faz para o Bumba Meu Boi, está a base do chapéu de fita feita com talo de buriti. Sede/ Pinheiro
Edilson Monteiro Rabelo faz o chapéu de fita desde a base de talo de buriti até o bordado e inserção das fitas. Aquiles Lisboa/ Cururupu
Edilson Monteiro Rabelo faz o chapéu de fita desde a base de talo de buriti até o bordado e inserção das fitas. Aquiles Lisboa/ Cururupu
Patrícia Monteiro Aranha faz o chapéu de fita da base de talo de buriti à montagem e decoração. Aquiles Lisboa/ Cururupu
Chapéu de fita feito por Patrícia Monteiro Aranha. Aquiles Lisboa/ Cururupu
O chapéu de pena requer uma estrutura para que a frente fique
empinada, formando um arco, que sustenta o chuveiro e o bordado. Em geral se
utiliza vergalhão de ferro fininho ou arame e um chapéu de palha de abas
largas, além de papelão. O chapéu é inteiramente bordado, recebe as penas na
frente e as fitas de cetim ou galão na parte posterior.
José Ribamar Lima (Seu Riba) faz a armação do chapéu de pena com vergalhão de ferro e chapéu de palha, também faz a amarração das penas. Sede/ Pindaré Mirim
Raimundo Benedito Lobato (Bôda) arma o chapéu de pena com arame, papelão, penas e fitas. Santa Helena/ Monção
José Ribamar Reis (Zé Grande) faz todas as etapas do chapéu de pena, da armação ao bordado. Tarumã/ Viana
Chapéu de pena feito por José Ribamar Reis (Zé Grande). Tarumã/ Viana
Pedro Paulo Bogéa (Pedro Coroca) faz todas as etapas de produção do chapéu de pena, incluindo o bordado. Sede/ Igarapé do Meio
Jailson Ferreira Silva (Japí) faz todas as etapas do chapéu de pena, incluindo o bordado. Cavaleiro/ Cajari
Chapéu de pena feito por Jailson Ferreira Silva (Japí). Cavaleiro/ Cajari
Cecílio Braga faz a montagem do chapéu de pena, que é bordado por sua esposa. Sede/ Pindaré Mirim
ENTALHE
O entalhe é outro grande destaque do artesanato do Bumba Meu Boi. Os artesãos escultores fazem a cabeça do boi, da burrinha ou de outros animais presentes na brincadeira. No sotaque da Baixada, o entalhe da careta de Cazumba revela grandes escultores.
O queixo, que cobre o rosto do Cazumba, é entalhado em madeira leve ou isopor, com feitio de animais de características mais ou menos assustadoras.
João José Costa Barbosa (João Betel, JJ) é um mestre do entalhe. Faz os queixos articulados, o boi completo e a burrinha. Sede/ Pindaré Mirim
Queixos articulados em produção, entalhados por João José Costa Barbosa (João Betel, JJ). Sede/ Pindaré Mirim
Queixo articulado, entalhado por João José Costa Barbosa (João Betel, JJ). Sede/ Pindaré Mirim
Queixo articulado, entalhado por João José Costa Barbosa (João Betel, JJ). Sede/ Pindaré Mirim
Raimundo da Conceição Campos (Macaxeira) é artesão reconhecido, esculpi o queixo de cazumba e faz o boi completo. Santa Severa/ Cajari
Queixo esculpido por Raimundo da Conceição Campos (Macaxeira). Santa Severa/ Cajari
Mauro Henrique Costa esculpe o queixo articulado e a torre da careta de Cazumba. Sede/ Monção
Queixo articulados esculpidos por Mauro Henrique Costa. Sede/ Monção
João Batista Silva (Sabido) esculpe o queixo e a torre em isopor e faz toda a decoração. Sede/ Penalva
A careta de Cazumba é um dos elementos das indumentárias do Bumba Meu Boi que mais sofreu transformações. Contam os mais velhos que originalmente o Cazumba era vestido para assustar a audiência, corria atrás das crianças, usava couro verde, mal cheiroso, capemba de palmeira e outros materiais rústicos disponíveis no entorno. Depois vieram as máscaras de pano, costuradas pelos próprios brincantes. Essas máscaras seguem sendo usadas e ganharam destaque com o trabalho do falecido Mestre Abel. Hoje a maior parte dos Cazumbas utiliza o queixo esculpido em madeira, depois pintado ou decorado com brilhos e peruca. Os queixos podem ter o maxilar articulado para agregar mais um recurso à performance da personagem.
Sebastião Sousa Mendes (Baco) esculpe o queixo articulado, torre e faz a armação do boi. Sede/ Governador Nunes Freire
Sebastião Sousa Mendes (Baco) com um queixo articulado. Sede/ Governador Nunes Freire
José Ribamar Santos Meireles esculpe queixo articulado e também a cabeça do boi, além de bordar farda. Pequizeiro do Evaristo/ Monção
Manuel dos Santos (Manequinho) é artesão escultor reconhecido, trabalha para boiadas da Baixada e de São Luís, utiliza madeira ou isopor. Faz o queixo, a torre e também a peça que vai no topo da careta. Sede/ Viana
Queixo articulado esculpido e pintado por Manuel dos Santos (Manequinho). Sede/ Viana
Romualdo Diniz (Leco) é Cazumba e segue produzindo a tradicional máscara de tecido. Conceição/ Olinda Nova do Maranhão
Há artesãos que seguem criando máscaras assustadoras usando todo tipo de material reaproveitado, a exemplo de Mestre Zimar, de Matinha e de Nezinho do Boi, de Caxias.
Careta criada por Manuel Messias da Silva (Nezinho do Boi). Nazaré do Bruno/ Caxias
Manuel Messias da Silva (Nezinho do Boi) e a careta de veludo. Nazaré do Bruno/ Caxias
Manuel Messias da Silva (Nezinho do Boi) e a careta de papel machê. Nazaré do Bruno/ Caxias
Mestre Zimar (Euzimar Meireles Gomes) com uma de suas criações. Sede/ Matinha
Mestre Zimar (Euzimar Meireles Gomes) com um queixo. Sede/ Matinha
Queixo feito por Mestre Zimar (Euzimar Meireles Gomes). Sede/ Matinha
Queixos já prontos na casa de Mestre Zimar. Sede/ Matinha
A torre/ coroa/ placa é a parte superior da careta da Cazumba e pode chegar a mais de um metro de altura. Há Cazumbas que usam somente o queixo, sem a torre. Dois formatos são mais utilizados, o primeiro é uma armação de arame ou vergalhão fino, ornamentada com materiais brilhantes, como o festão e o fitilho metalizados, e todo tipo de elemento decorativo, com grande criatividade nas composições.
Antonio José Ramos Gaspar faz o queixo esculpido em madeira com torre de vergalhão recoberto de festão brilhoso. Santa Maria dos Tejus/ Viana
Antonio José Ramos Gaspar com a careta completa, o artesãtambém borda a farda, faz a espingarda de madeira e a peça do topo da careta. Santa Maria dos Tejus/ Viana
José dos Anjos Moraes (Dos Anjos) faz a torre de arame revestido com festão e fitilho brilhosos. Sede/ Matinha
Juvenal Rosa Martins esculpe a torre em isopor e decora com diversos elementos. Sede/ Pindaré Mirim
Emerson Fonseca Silva (Socó) esculpe o queixo em madeira e a torre em isopor. Sede/ Cajari
O segundo formato mais usado é a torre esculpida em isopor e pintada ou revestida de materiais brilhantes, led, cds e outros enfeites. Há especialistas na criação dos desenhos.
Ediekson Melo Silva (Neto) esculpe a coroa/ torre de Cazumba em isopor e faz a pintura e decoração. Sede/ Penalva
Coroa/ torre feita por Ediekson Melo Silva (Neto). Sede/ Penalva
Costa da coroa/ torre feita por Ediekson Melo Silva (Neto). Sede/ Penalva
João Batista Silva (Sabido) esculpe o queixo e a torre em isopor, faz a pintura e a decoração. Sede/ Penalva
Careta Jackson Hughes Correia Mendonça (Có) esculpe em isopor e decora a torre. Santa Rita/ Monção
Valdeir Mendonça esculpe o queixo e a torre, também faz o desenho para caretas. Jacareí/ Monção
O topo da careta de Cazumba pode trazer, acima da torre, uma peça esculpida, como este pássaro.
A armação do boi também é chamada de carcaça, capoeira, cangalha, esqueleto, caveira, grade. Há artesãos especialistas somente na armação, que envolve diversos processos e materiais.
As etapas são: preparo do quadro de madeira, cipó ou até de cano de PVC, o quadro é a base da armação e um dos locais que o miolo do boi segura para fazê-lo dançar. No quadro são fixadas as costelas, que são as varinhas de madeira, cipó ou metal. Depois é encaixada a cabeça do boi, que pode ser o próprio crânio do animal ou uma peça esculpida em madeira. Com a armação já estruturada, começa o revestimento, a chamada carne do boi, que pode ter várias camadas. Nas regiões onde a palmeira do buriti está disponível, ele é o material preferido, pois é leve e permite ótimo acabamento. A parte utilizada é o talo/ braço da folha descascado. Também se utiliza, espuma, estopa, saco de ráfia e todo tipo de tecido. Por último é aplicado o veludo ou cetim, o chamado couro ou lombo do boi. O veludo pode ser aplicado já bordado ou liso para ser bordado diretamente sobre a carcaça ou receber o manto.
Há artesãos que fazem o boi completo, da armação ao bordado, os que fazem somente o entalhe da cabeça e os especialistas na armação.
O boi tem muitas variações de tamanho e formato de acordo com o sotaque e a região. As brincadeiras utilizam bois de 80 cm a 1,5 m, mas existem variações menores e maiores.
O boi de zabumba tem cangote e o lenço/ lençol (região do pescoço), na região próxima ao Piauí o boi é maior. O boi cangalha é confeccionado para apoiar no pescoço do miolo. Há o boi de pano, o boi de cofo, o boi de lombo da região de Viana, o boi de promessa, o boi de Santo Antonio em tamanho menor... muitas variações que evidenciam a riqueza dessa manifestação.
Antonio Santos Martins (Fortunato) é um especialista, faz o boi completo para diferentes sotaques, com ou sem o lombo, de tamanhos variados, bordado ou pintado. Também faz somente a armação, a burrinha e o boi em miniatura. Sede/ Arari
Boi completo feito por Antonio Santos Martins (Fortunato). Sede/ Arari
Antonio Gomes dos Santos (Mestre Maleiro) é um reconhecido mestre do Bumba Meu Boi, além de comandar uma boiada, faz o boi completo, chapéus e instrumentos. Formou seu filho, Lulu Maleiro, nas artes do boi. Sede/ Timon
Márcio Luís Nascimento Santos (Lulu Maleiro) aprendeu com o pai, Mestre Maleiro, os segredos do boi de matraca com características dos boi do Piauí, destacando-se o tamanho da cabeça e a abertura para o miolo. Sede/ Timon
Benedito Firmino da Silva (Cibite) é um mestre do Bumba Meu Boi, faz o boi completo, somente a armação, instrumentos, chapéus e indumentárias. Sede/ Caxias
Benedito Firmino da Silva (Cibite) borda direto sobre a carcaça e o boi tem os chifres enfeitados com franja e fitas. Sede/ Caxias
Júlio Ribamar dos Santos é artesão requisitado, faz o boi completo bordado direto na carcaça, faz só a armação ou somente o bordado. Baiacuí/ Icatu
Boi sendo finalizado por Júlio Ribamar dos Santos. Baiacuí/ Icatu
Manuel dos Santos (Manequinho) comanda uma boiada e faz o boi de lombo completo com cabeça, queixo e rabo articulados. Também esculpe queixos e animais em madeira ou isopor. Sede/ Viana
Boi criado por Manuel dos Santos (Manequinho). Sede/ Viana
Valmir Moreira é uma referência no boi de zabumba. Faz o boi completo, só a armação, burrinha, instrumentos. Sede/ Pinheiro
Peças criadas por Valmir Moreira e o filho Valmir Moreira Júnior. Sede/ Pinheiro
Valmir Moreira Júnior aprendeu com o pai as artes do Bumba Meu Boi. Faz o boi completo, bordado à mão, armação do boi, burrinha e instrumentos. Sede/ Pinheiro
Antonio Lino da Silva faz o boi completo ou somente a armação. Sede/ Caxias
Charles Brandão faz o boi completo bordado à mão. matões da Rita/ Peritoró
A cabeça do boi
A cabeça esculpida do boi pode ser pintada e decorada ou revestida de veludo e enfeitada com bordado, aplicações. Muitos bois têm o maxilar articulado.
José Ribamar Serra Pereira (Carneiro) faz a cabeça, a armação completa e a burra. Sede/ Cajapió
Artur Bernardo Galvão Costa esculpe cabeça do boi e queixo de Cazumba, faz a armação completa, o bode, a burrinha, instrumentos. É um artista do Bumba Meu Boi. Sede/ Pindaré Mirim
João José Costa Barbosa (João Betel, JJ) esculpe a cabeça do boi, faz a armação completa, a burrinha e queixo de Cazumba. Sede/ Pindaré Mirim
Manuel Sousa Neves (Jacaré) esculpe a cabeça do boi, queixo e também faz a armação completa. Jacareí/ Monção
José Ribamar Azevedo Filho esculpe a cabeça e também faz a armação completa do boi. Vila Filuca/ Pinheiro
João Benedito (João Burro) esculpe a cabeça do boi, faz a armação completa e também a miniatura. Chapada de Pedra/ Cajapió
João de Araújo Teixeira Filho (Professor Joca) entalha a cabeça do boi e também faz a armação completa. Sede/ São João Batista
Claudiocir Aranha Fonseca (Cueca) esculpe a cabeça do boi, faz a armação completa e a burrinha. Baiano/ Cururupu
A armação completa não pode ser pesada, pois ainda vai receber o enfeite e o peso pode dificultar o bailado feito pelo miolo, que sustenta o boi. Por isso há cuidado na escolha das madeiras adequadas e dos materiais da carne, como buriti, estopa, espuma, tecido, saco de ráfia ...
Raimundo Miguel Sousa Maciel (Boidico) faz a armação do boi com cabeça esculpida, faz a burrinha, queixo e instrumentos. Sede/ Vitória do Mearim
Armação do boi com cabeça esculpida feita pelo Mestre Artur Bernardo Galvão Costa. Sede/ Pindaré Mirim
José Ribamar Azevedo Filho faz a armação do boi completa com cabeça esculpida. Vila Filuca/ Pinheiro
Antonio de Melo da Conceição (Velho) faz o boi completo de 6 palmos, pintado. Também faz a burrinha e miniatura. Sede/ Alto Alegre do Pindaré
Benedito Quadros (Picolé) e a armação do boi. Sabonete/ Carutapera
Carlos Sérgio Ferreira dos Santos (Bolo) faz a armação com cabeça esculpida de 1 e 1,5m. São Miguel/ Rosário
Armação feita por Carlos Sérgio Ferreira dos Santos (Bolo). São Miguel/ Rosário
Domingos Paulo de Sousa (Seu Mingo) faz a armação com cabeça esculpida do boi, da burrinha e da jumenta. Ponta Branca Velha/ Pinheiro
João de Araújo Teixeira Filho (Professor Joca) com a armação do boi. Sede/ São João Batista
João Lucas de Jesus Andrade (Tamara) faz a armação do boi e a burra. Bom Jardim/ Cajapió
Armação do boi feita por Joel Alves dos Reis e seus filhos. Sede/ Presidente Juscelino
Sabino Pereira faz a armação do boi com cabeça esculpida e o boizinho em miniatura. Centro dos Câmara/ Bequimão
Armação do boi feita por José Francisco (Chico Seleiro). Sede/ Igarapé do Meio
Boi completo feito por José Francisco (Chico Seleiro). Sede/ Igarapé do Meio
José Francisco Mendes (Xixico) com a armação do boi. Sede/ Rosário
Armação do boi feita por José Ribamar Muniz Matos (Malvado). Sede/ Cachoeira Grande
Armação do boi com cangote feita por José Jordelino (José Pajezinho). Sede/ Carutapera
Armação feita por Astolfo Silva, que também faz diversos bichos para a comédia do Bumba Boi. Sede/ Apicum-Açu
Edilson Monteiro Rabelo faz a armação completa do boi de zabumba e do boi de Santo Antonio. Aquiles Lisboa/ Cururupu
sé do Livramento Ramos dos Santos (José Miranda) faz a armação do boi utilizando o talo do buriti. Periá/ Humberto de Campos
Armação do boi com cabeça esculpida feita por Raimundo da Conceição Campos (Macaxeira). Santa Severa/ Cajari
José de Ribamar dos Montes (José Ganjeiro) faz a armação do boi desde 20 cm até 4 metros. Sede/ Humberto de Campos
O boi de cofo, recebe o nome por ser trançado com a palha do babaçu, utilizando o mesmo tissume do cofo. A trama forma a carne do boi, que tem o quadro em madeira e na maioria das vezes a cabeça é entalhada, mas existem bois de cofo com a cabeça também de palha. O boi pode ser revestido para receber o enfeite ou pintado. Em algumas brincadeiras o boi é feito com o cofo propriamente, utilizando o cofo de alqueire.
Boi de cofo feito por Irenaldo Pereira Viegas (Crô), que também faz a burrinha de palha de babaçu. Sede/ Cururupu
Boi de cofo sem enfeite feito por Irenaldo Pereira Viegas (Crô). Sede/ Cururupu
Boi de cofo já com enfeite feito por Irenaldo Pereira Viegas (Crô). Sede/ Cururupu
Burrinha
A burrinha ou burra, assim como o boi, é uma personagem da comédia do Bumba Meu Boi, a encenação da história, que infelizmente vem sendo deixada de lado. Em lugares como Bacurituba e Cajapió, a personagem é conhecida como Vaqueiro Velho. Outros animais são usados pelas brincadeiras, como jumento, bode, carneiro, tamanduá, onça, galo, macaco, leão, Deixa Falar e a Caipora, que é uma boneca gigante. Todas essas personagens continuam sendo feitas por alguns artesãos sob encomenda.
Antonio de Melo da Conceição (Velho) com a burrinha. Sede/ Alto Alegre do Pindaré
Abel Silva Pereira faz a burrinha de tala de guarimã, também faz a armação do boi e a caipora. Sede/ Carutapera
Armação da burrinha feita por Raimundo Miguel Sousa Maciel (Boidico). Sede/ Vitória do Mearim
Burrinha feita por João José Costa Barbosa (João Betel). Sede/ Pindaré
Cabeça da burrinha esculpida por Domingos Paulo de Sousa (Seu Mingo), que faz a armação completa. Ponta Branca Velha/ Pinheiro
Boizinho miniatura
O boizinho em miniatura é feito por muito artesãos e usado em brincadeiras de criança, na decoração ou como lembrança do São João.
Luís Gonzaga de Jesus Santos (Luizão) é um Mestre do Bumba meu Boi e também faz miniaturas. Engenho do Lago/ Porto Rico do Maranhão
Miniatura bordada feita por Antonio Taveira Fonseca (Potô), que também faz o boi completo. Sede/ Mirinzal
Rosa Amélia Costa Leite Lopes faz a miniatura do boi com cangote. Sede/ São Bento
Miniatura criada por Antonio Santos Martins (Fortunato), especialista na confecção do boi completo. Sede/ Arari
Miniaturas criadas por Antonio Santos Martins (Fortunato), especialista na confecção do boi completo. Sede/ Arari
Miniaturas criadas por Douglas de Jesus Castro Lopes, que produz em diversos modelos e tamanhos, além do boi completo. Sede/ Paço do Lumiar
Miniaturas em produção criadas por Douglas de Jesus Castro Lopes, que produz em diversos modelos e tamanhos, além do boi completo. Sede/ Paço do Lumiar
As brincadeiras também costumam demandar dos artesãos acessórios como a vara de ferrão do vaqueiro toda decorada, a saia/ barra do boi, o machadinho e o facão de madeira, a lança dos índios...
Os instrumentos musicais usados nos
diversos sotaques e feitos pelos artesãos maranhenses podem ser conhecidos no texto Tambores e Pandeiros.
As artes do Bumba Meu Boi são extensas, diversificadas e requerem muitas habilidades, é um universo fascinante a ser conhecido.