Icatu produz um artesanato diversificado. O modelismo naval é forte, inspirado nas embarcações presentes na cidade, Também há excelente produção de artefatos e armadilhas de pesca, caçuás de cipó, trançados de palha de babaçu e guarimã (cestaria, esteiras, peneiras, canastras). Uma especialidade local são as miniaturas das peças mais conhecidas do artesanato maranhense: cofo, cofo de segredo, balaio, tipiti, mensaba e abano. Outro destaque são os tambores. As artes do Bumba Boi estão muito bem representadas por Júlio Ribamar dos Santos, que dá seguimento à tradição da Família de Filogônio, produzindo os bois (carcaça e bordado do couro), vendidos para toda a região do Munim e mesmo da Baixada.  Xuxu, fundadora do Boi Brilho de Santa Maria, desenvolveu a extração da fibra da guaxima para confeccionar as indumentárias de sua brincadeira. Cadeiras, poltronas e mesas trançadas em cipó branco ou fibra sintética são feitas em Braiacuí por Tomás e seus filhos. Mochos e cadeiras são produzidos com regularidade por alguns artesãos. Felizia faz cestas e floreiras decoradas com tucum, cascas e outros frutos secos, Adelvan faz ex-votos, Francinaldo caixas de som e miniaturas delas, Seu Mano faz miniaturas de facão em madeira pra as brincadeiras locais. Ronaldo faz boas pinturas das paisagens da cidade em tela, telhas de barro e garrafas de vidro, além de miniaturas em conchas de grupos de Tambor de Crioula.

Icatu é a terceira cidade mais antiga do Maranhão, depois de São Luís e Alcântara. O termo tupi Icatu significa “águas boas”. Até o século XVI era território dos potiguaras. Foi na Praia de Santa Maria que ocorreu a decisiva Batalha de Guaxenduba, na guerra empreendida pelos portugueses para expulsar os franceses do Maranhão. A armada de Jerônimo de Albuquerque, que partiu de Recife em 23 de agosto de 1614, aportou no rio Periá, em ponto distante do inimigo francês. Após penosa viagem, a tropa chegou a Guaxenduba em 26 de outubro e imediatamente foi iniciado o Forte Santa Maria. Os portugueses ainda construíam o forte, quando foram surpreendidos pelos franceses, em 19 de novembro. Eram trezentos franceses, acompanhados de três mil tupinambás. A batalha foi sangrenta, do lado francês foram mortos 150 homens de Daniel de La Touche e mais de mil e duzentos tupinambás. Do lado dos portugueses, houve somente 11 mortos. Os franceses enfim foram expulsos do Maranhão. Este foi o primeiro local habitado pelos portugueses no Maranhão. Após a vitória, em novembro de 1614, no lugar denominado Águas Boas foi realizada procissão em ação de graças a Nossa Senhora da Ajuda e iniciada a construção de sua Igreja. Jerônimo de Albuquerque Maranhão fundou o arraial de Santa Maria de Guaxenduba, que se tornou Vila de Águas Boas em 1688. Em 1758, a sede da Vila foi transferida para Icatu, na margem direita do rio Munim. Tornou-se cidade em 1924, com o nome de Icatu. Em 1935, foram desmembrados de seu território os atuais municípios de Morros e Axixá. Atualmente é formada pelos distritos de Icatu e Itapera. Santa Maria de Guaxenduba, com sua bela praia, permanece como um de seus povoados, reconhecido como território quilombola. A cidade é conhecida como terra de águas boas e também como Rainha do Munim.

FONTES: IBGE; Enciclopédia dos Municípios – Microrregião geográfica de Rosário. IMESC

A cidade é litorânea e está situada na foz do Munim, que deságua no Atlântico. Além dele, destaca-se a presença do rio Itatuaba. Também cortam seu território os rios Grande, Beira, Anajatuba e os riachos da Palmeira, do Cabral, Taperi, da Ribeira e Centro da Mata. As lagoas Boca da Mata e do Cedro também estão presentes em sua paisagem.

Icatu tem seu litoral voltado para a Baía de São José e conta com belas praias, como a de Santa Maria de Guaxenduba, do Papagaio/ Tacuruçá e Prainha. Outros atrativos naturais são a Lagoa do Arraial, a cachoeira do Boqueirão, a ilha dos Bichos (próxima à foz do Munim, onde estão presentes guarás e outros pássaros) e o porto do Povoado Salgado com a exuberantes margens do rio. Na região litorânea, há manguezais e, no interior, áreas de mata.

Unidade de Conservação: APA Upaon-açú/ Miritiba/ Alto Preguiças

O turismo tem bom potencial pelos atrativos naturais e culturais presentes, mas ainda é incipiente, há algumas pousadas e restaurantes na sede e nos povoados. Há pequenos balneários nos povoados que estão às margens dos rios.

A pesca é uma das principais atividades econômicas da cidade, que possui uma Colônia de Pescadores. É realizada de forma artesanal, nas águas salgadas e doces, com tarrafas, currais, redes e armadilhas. As espécies mais pescadas são: tainha, bagre, corvina boca-mole, pescada amarela, serra, camarão e sururu. Os mariscos também são fontes de renda para um percentual significativo da população. A maioria das embarcações utilizadas na região é de pequeno porte, movida pelos ventos, motores e remo, como as bianas. A comercialização da pesca ocorre no principal ancoradouro da cidade, localizado nas proximidades da câmara de vereadores.

A cidade produz mandioca, arroz, milho, abóbora, laranja, maxixe, milho verde e pimenta. Do beneficiamento da mandioca se extraem a farinha d’água, a farinha seca, a tapioca, a tiquira, o tucupi e a caroeira, que serve como ração para animais. Do extrativismo vem a juçara, a castanha de caju, a castanha do Pará, a mangaba, o pequi, o pinhão, o umbu, o cumaru, o jaborandi, o urucum, a carnaúba, o buriti, a piaçava, o babaçu, a copaíba, tanantes (casca) e o látex. Também é produzido o carvão vegetal.

FONTES: Enciclopédia dos Municípios IMESC; Prefeitura de Icatu

Há muitas brincadeiras e festejos na sede e nos povoados.

A cidade é praticamente o único local fora de São Luís em que se encontra o Bumba Boi do sotaque de matraca, com boiadas nos povoados Mata, Itatuaba, Itapera e Santa Maria, além de bois de terreiro.

O carnaval também é forte, com a presença de blocos. 

Brincadeiras: Boi de Itatuaba, Boi do Povoado Mata, Boi Brilho de Santa Maria, Boi de Itapera de Icatu, Boi Rei dos Índios; Bloco Coroas de Icatu; Dança do Tamassaê; Bloco Fofão de Icatu; Tambor de Crioula União; Jornada de São Gonçalo; Dança do Boiadeiro.

Festejos: Festa de São Pedro (29 de junho); Festa do Divino (em diversos povoados: Retiro em agosto, Armazém e São Paulo em setembro; Santa Isabel e sede em outubro; Itatuaba, Itapera e Jerupari em novembro); Festa de Nossa Senhora da Conceição padroeira (Sede de 29 de novembro a 8 de dezembro).

Ananas, Axixá, Boca da Mata, Bom Sucesso, Boqueirão, Cacaueiro, Centro Velho, Fazenda, Jacareí dos Pretos, Jatobá, Mariano dos Campos, Maruim, Mata, Olho D´Água, Papagaio/ Tacuruçá, Quartéis, Retiro, Ribeira, Santa Maria de Guaxenduba, Santo Antonio dos Caboclos, Timbotiua e Vista Alegre