Artesanato do Maranhão

Cidades

ALCÂNTARA

Artesãos registrados
83
Distância da capital em Km
97 Km com travessia pela balsa, 370 km por terra ou 20 Km por embarcação
Região
Norte Maranhense – Litoral Ocidental
Bioma
Amazônia
População
18.466 hab. (IBGE, 2022)
IDH
Baixo
História

Antigo território tupinambá (Tapuitapera), foi ocupado por franceses no início do século XVII e reconquistado pelos portugueses após 1615, em uma guerra de extermínio dos indígenas em represália a sua aliança com os franceses. É uma das mais antigas cidades do Maranhão, tornou-se Vila de Santo Antônio de Alcântara em 22 de dezembro 1648 (data considerada seu aniversário). Foi a principal produtora agrícola da Província do Grão-Pará nos séculos XVIII e XIX, com destaque para o algodão, o arroz e o açúcar. Também foi forte na criação de gado e na produção de sal. Começou a decair economicamente com o fim da Guerra Civil nos Estados Unidos (1865), que derrubou a exportação de algodão. A situação agravou-se com a abolição da escravidão. Desde meados do século XIX, o centro da produção agrícola foi se deslocando para os vales do Itapecuru, do Pindaré e do Mearim e incrementou-se com a navegação a vapor. A riqueza alcançada pelos grandes proprietários rurais deixou sua marca nos casarões e igrejas de seu centro histórico. Foi tombada como Patrimônio Nacional em 1948, no seu tricentenário. Na década de 1980 passou a sediar uma base aeroespacial da Aeronáutica, que causaou grande impacto e deslocamentos da população. A cidade reúne o maior número de comunidades negras rurais (hoje chamadas quilombolas) do Maranhão. Muitas delas adquiriram as terras das antigas fazendas abandonadas. Essas comunidades são detentoras de conhecimentos e manifestações que marcam a cultura local. Além de seu rico acervo arquitetônico, a cidade possui expressivo patrimônio imaterial, onde se destacam a Festa do Divino e suas caixeiras, o Tambor de Crioula, o Bumba Meu Boi e o artesanato. Alcântara é tombada como Patrimônio Cultural do Brasil e reúne em sua sede o segundo maior acervo de edificações históricas do Maranhão. FONTE – Wikipedia; IBGE

Paisagem e atividades

Cidade litorânea, de relevo plano, com extensa área rural. Possui belas praias, a exemplo da Praia da Baronesa, facilmente acessadas. Seu território é cortado pelos rios Aurá, Salgado e Pericumã. Mangue extenso e florestal, com as três espécies presentes: mangue vermelho, mangue branco e Siriba. No interior, predominam as palmeiras de babaçu. A fauna alada é bastante variada, com forte presença de guarás. Área de Proteção Ambiental: APA das Reentrâncias Maranhenses. É forte a pesca artesanal de peixe, camarão e caranguejo. A agricultura familiar produz mandioca, arroz, milho e feijão. Há extração de argila e de areia. O turismo está bastante presente, mas ainda tem muito potencial para crescer, dada a riqueza cultural, paisagística e natural presente na cidade e em seu interior. São poucos os hotéis, pousadas e restaurantes. A cidade abriga em seu litoral um dos polos de produção artesanal de embarcações, com pequenos estaleiros comandados por mestres carpinteiros navais. Uma das características as embarcações ali criadas são as velas de tom avermelhado, impermeabilizadas com a casca do mangue vermelho. Há um campus do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) na sede.

FONTE: IMESC

Cultura

O Tambor de Crioula, a Festa do Divino e o Bumba Meu Boi são as mais fortes manifestações da cultura em Alcântara.

A Festa do Divino acontece na sede em maio, Pentecostes, ligada à Igreja Católica. A ela estão associadas uma série de produções artesanais que se desenvolvem meses antes: bordados de roupas, mantos e bandeiras; entalhe das pombas; elaboração e decoração das tribunas; decoração das mesas de banquete; criação de luminárias; preparação das santas croas; produção de lembrancinhas e de doces festivos. A cidade toda é mobilizada com os preparativos para a festa, desde a organização das casas, decoração, produção de doces e licores. O toque das caixeiras é um dos maiores e mais tradicionais destaques da festa. No povoado Ponta Seca, o Divino ocorre em dezembro como tradição familiar.

Em agosto, entre 24 e 27, ocorrem os festejos de São Benedito, com a presença de vários grupos de Tambor de Crioula no adro da igreja

Há muitos grupos de Bumba Meu Boi e de Tambor de Crioula na sede e povoados.

O Pastor e a Festa de Reis também estão presentes. 

Comunidades Quilombolas
São 160 comunidades negras rurais: ARENHENGAUA, ÁGUAS BELAS, APICUM GRANDE, BACANGA, BACURIAJUBA, BAIXA GRANDE I, BAIXA GRANDE II, BAIXO DO GRILO, BARACATATIUA, BARREIROS, BEBEDOURO, BEJÚ-AÇU, BELÉM, BOA VISTA I, BOA VISTA II, BOA VISTA III, BOCA DO RIO, BOM DE VIVER, BOM JARDIM, BORDÃO, BRITO I, CAÇADOR, CAICAUA I, CAICAUA II, CAJAPARI, CAJATIUA, CAJIBA, CAPIJUBA, CAJUEIRO II, CAMIRIM, CANAVIEIRA, CANELATIUA, CAPIM AÇU, CAPOTEIRO, CARATATIUA, CASTELO, CAVEM II, CENTRO DA EULÁLIA, CONCEIÇÃO, COQUEIRO, CORRE FRESCO, CUJUPE I, CUJUPE II, CURUÇÁ I, ENGENHO I, ESPERANÇA, FLORIDA, FORA CATIVEIRO, GUANDA I, GUANDA II, IGUAIBA, ILHA DA CAMBOA, IRIRIZAL, ISCOITO, ITAMATATIUA, ITAPERAÍ, ITAPIRANGA, ITAPUAUA, ITAUAÚ, JACARÉ I, JACROA, JANÃ, JARUCAIA, JORDOA, LADEIRA II, LAGO, MACAJUBAL I, MACAJUBAL II, MÃE EUGÊNIA, MAMONA I, MAMONA II, MANGUEIRAL, MANIVAL, MARACATI, MARIA PRETA, MARINHEIRO, MARMORANA, MATO GROSSO, MocajITuba 1 e 2,MURARI, MUTITI, NOVA ESPERA, NOVA PONTA SECA, NOVO CAJUEIRO, NOVO MARUDA, NOVO PEPITAL, NOVO PERU, NOVO SÓ ASSIM, OITIUA, PACATIUA, PACURI, PALMEIRAS, PAQUATIVA, PAVÃO, PERI AÇU, PERIZINHO, PEROBA DE BAIXO, PEROBA DE CIMA, PIQUIA, PONTA D'AREIA, PORTO DA CINZA, PORTO DE BAIXO, PORTO DE CABLOCO, PORTO DO BOI I, PRAIA DE BAIXO, PRAINHA, PRIMIRIM, QUIRIRITIUA, RAPOSA, RASGADO, RETIRO, RIO DO PAU, RIO GRANDE I, RIO GRANDE II, RIO VERDE, SALINA, SAMUCANGAUA, SANTA BÁRBARA, SANTA HELENA, SANTA LUZIA, SANTA MARIA, SANTA RITA I, SANTA RITA II, SANTANA DOS CABLOCOS, SANTO INÁCIO, SÃO BENEDITO I, SÃO BENEDITO II, SÃO BENEDITO III, SÃO FRANCISCO I, SÃO FRANCISCO II, SÃO JOÃO DE CORTES, SÃO JOSÉ, SÃO LOURENÇO, SÃO MAURÍCIO, SÃO PAULO, SÃO RAIMUNDO II, SÃO RAIMUNDO III, SEGURADO, TACAUA I, TAPICUEM (ITAPECUEM), TAPUIO, TATUOCA, TATUROCA, TERRA MOLE, TERRA NOVA, TIMBOTUBA, TIQUARAS II, TRAJANO, TRAPUCARA, TRAQUAI, TUNARÃO, VAI COM DEUS, VILA ITAPERAÍ, VILA MARANHENSE, VILA NOVA I (VILA DO MEIO), VILA NOVA II, VISTA ALEGRE, SANTO INÁCIO E CASTELO, ILHA DO CAJUAL.
Bancos
Banco do Brasil, Bradesco, Lotérica
Correios
Rua José Marques de Carvalho, 3 - Centro

Povoados 6

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