Antigo território tupinambá (Tapuitapera), foi ocupado por franceses no início do século XVII e reconquistado pelos portugueses após 1615, em uma guerra de extermínio dos indígenas em represália a sua aliança com os franceses. É uma das mais antigas cidades do Maranhão, tornou-se Vila de Santo Antônio de Alcântara em 22 de dezembro 1648 (data considerada seu aniversário). Foi a principal produtora agrícola da Província do Grão-Pará nos séculos XVIII e XIX, com destaque para o algodão, o arroz e o açúcar. Também foi forte na criação de gado e na produção de sal. Começou a decair economicamente com o fim da Guerra Civil nos Estados Unidos (1865), que derrubou a exportação de algodão. A situação agravou-se com a abolição da escravidão. Desde meados do século XIX, o centro da produção agrícola foi se deslocando para os vales do Itapecuru, do Pindaré e do Mearim e incrementou-se com a navegação a vapor. A riqueza alcançada pelos grandes proprietários rurais deixou sua marca nos casarões e igrejas de seu centro histórico. Foi tombada como Patrimônio Nacional em 1948, no seu tricentenário. Na década de 1980 passou a sediar uma base aeroespacial da Aeronáutica, que causaou grande impacto e deslocamentos da população. A cidade reúne o maior número de comunidades negras rurais (hoje chamadas quilombolas) do Maranhão. Muitas delas adquiriram as terras das antigas fazendas abandonadas. Essas comunidades são detentoras de conhecimentos e manifestações que marcam a cultura local. Além de seu rico acervo arquitetônico, a cidade possui expressivo patrimônio imaterial, onde se destacam a Festa do Divino e suas caixeiras, o Tambor de Crioula, o Bumba Meu Boi e o artesanato. Alcântara é tombada como Patrimônio Cultural do Brasil e reúne em sua sede o segundo maior acervo de edificações históricas do Maranhão. FONTE – Wikipedia; IBGE
Cidade litorânea, de relevo plano, com extensa área rural. Possui belas praias, a exemplo da Praia da Baronesa, facilmente acessadas. Seu território é cortado pelos rios Aurá, Salgado e Pericumã. Mangue extenso e florestal, com as três espécies presentes: mangue vermelho, mangue branco e Siriba. No interior, predominam as palmeiras de babaçu. A fauna alada é bastante variada, com forte presença de guarás. Área de Proteção Ambiental: APA das Reentrâncias Maranhenses. É forte a pesca artesanal de peixe, camarão e caranguejo. A agricultura familiar produz mandioca, arroz, milho e feijão. Há extração de argila e de areia. O turismo está bastante presente, mas ainda tem muito potencial para crescer, dada a riqueza cultural, paisagística e natural presente na cidade e em seu interior. São poucos os hotéis, pousadas e restaurantes. A cidade abriga em seu litoral um dos polos de produção artesanal de embarcações, com pequenos estaleiros comandados por mestres carpinteiros navais. Uma das características as embarcações ali criadas são as velas de tom avermelhado, impermeabilizadas com a casca do mangue vermelho. Há um campus do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) na sede.
FONTE: IMESC
O Tambor de Crioula, a Festa do Divino e o Bumba Meu Boi são as mais fortes manifestações da cultura em Alcântara.
A Festa do Divino acontece na sede em maio, Pentecostes, ligada à Igreja Católica. A ela estão associadas uma série de produções artesanais que se desenvolvem meses antes: bordados de roupas, mantos e bandeiras; entalhe das pombas; elaboração e decoração das tribunas; decoração das mesas de banquete; criação de luminárias; preparação das santas croas; produção de lembrancinhas e de doces festivos. A cidade toda é mobilizada com os preparativos para a festa, desde a organização das casas, decoração, produção de doces e licores. O toque das caixeiras é um dos maiores e mais tradicionais destaques da festa. No povoado Ponta Seca, o Divino ocorre em dezembro como tradição familiar.
Em agosto, entre 24 e 27, ocorrem os festejos de São Benedito, com a presença de vários grupos de Tambor de Crioula no adro da igreja
Há muitos grupos de Bumba Meu Boi e de Tambor de Crioula na sede e povoados.
O Pastor e a Festa de Reis também estão presentes.