Bacabeira é um município litorâneo, localizado no Golfão Maranhense, tendo uma área costeira voltada para a Baía de São Marcos. O município é drenado pelas duas maiores bacias hidrográficas do Maranhão: a do Itapecuru (a Leste) e a do Mearim (a Oeste) .

A vegetação do município é de transição com características do cerrado, da caatinga e da floresta amazônica. Apresenta campos inundáveis (Campo de Perizes) com a presença de diversos tipos de capim, além da canarana, do junco e do algodão bravo. Nas áreas de influência das marés, há manguezais com árvores de médio porte e babaçuais. As árvores de grande porte são esparsas. As presenças mais significativas são as do babaçu, do buriti, da buritirana e da carnaúba.

O período chuvoso vai de janeiro a junho e a estiagem de julho a dezembro, sendo mais quente entre outubro a novembro. rios e riachos. Os terrenos alagadiços representam 75% de seu território.

A sede está às margens do Mearim e é cortada também pelo Perizes e do Sampaio. Bacabeira é atravessada pela rodovia BR 135 e pelas ferrovias Carajás e São Luís-Teresina, que permitem o acesso ao Complexo Portuário de São Luís. Pela cidade passam também as grandes redes transmissoras de energia que abastecem a cidade de São Luís e seu parque industrial, assim como a adutora do Sistema Italuís (CAEMA), que leva água a 60% da população da capital. Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental (APA) da Baixada Maranhense; APA Upaon-açú/ Miritiba/ Alto Preguiça.

As principais atividades econômicas presentes são a construção civil, a extração e beneficiamento da amêndoa do coco babaçu, a extração da juçara, a agricultura familiar (milho, feijão, mandioca, arroz, cana-de-açúcar, fruticultura), a produção de ferro-gusa, a produção de carvão vegetal, a olaria de tijolos e telhas; a produção de brita e paralelepípedos e, por fim, a pesca de água salgada (curimatá , piau, pescada, peixe pedra, tainha, mandubé pemba ou mandubé boca de sapo), com a presença de um significativa colônia que reúne cerca de 5 mil pescadores.

FONTE: Enciclopédia dos Municípios Microrregião Geográfica de Rosário. IMESC

Brincadeiras:

Tambor de Crioula (Centrinho 2 e Sede): muito conhecido na região;

Dança do Coco (Centrinho 2): grupo Tambor de Crioula e Dança do Coco, sob a organização de Agostinho Silva, são 32 brincantes, a dança remete aos cantos e movimentos dos trabalhadores quando estão extraindo e quebrando coco nos babaçuais, hoje o acompanhamento é de orquestra com banjo, pandeiro e tambor. Forte presença nas festas de santos católicos.

Bumba meu Boi: Boi Tradição de Periz (sotaque de orquestra), da comunidade de Periz de Cima, existe há mais de 30 anos, é o único da cidade;

Quadrilha (Gameleira): Horizonte Sertanejo;

Dança portuguesa (Sede, Periz de Cima e Periz de Baixo): Dança Portuguesa Império de Bacabeira (sede), Dança Portuguesa Princesa de Portugal (Periz de Cima), Dança Portuguesa Arte e Sonho de Lisboa (Periz de Baixo), Dança Portuguesa Revelação (Periz de Baixo) e Dança Mistura de Ritmos (Periz de Baixo)

Festejos:

Festa de Santo Reis (6 janeiro - Periz de Cima): Encenação da visitação dos Reis Magos ao Menino Jesus, acompanhada de clarinetes, piston e banjo. As mulheres dançam e entoam cânticos. Por volta de 22 horas, o grupo segue em cortejo pelas ruas da comunidade, parando nas casas agendadas, onde fazem a encenação. Ao final, o dono da casa faz doação em dinheiro, bebida ou outros agrados. O cortejo segue pela madrugada dos dias 5 e 6, acompanhado pela comunidade. No sábado seguinte ao dia 6, há o encerramento na Igreja, com ladainha e comilança das ofertas recebidas.

Festa do Divino Espírito Santo (agosto - Sede, Santa Quitéria, Periz de Cima). Organizada a partir das cartas de mordomos aos noitantes que serão os responsáveis por cada dia de festa. A organização a partir de noitantes, a distribuição de comida e bebida, o levantamento e derrubamento de mastro. Novenas, ladainhas e orações, auto, canto e toque de caixas em louvor ao Divino, coroação, missa, almoço e festa dançante, derrubamento do mastro. Caixeiras do Divino

Festa de Nossa Senhora da Conceição Padroeira (dezembro - Periz de Baixo e Periz de Cima - festa de terreiro). Organizada a partir das cartas de mordomos aos noitantes que serão os responsáveis por cada dia de festa. A organização também a partir de noitantes, com distribuição de comida e bebida, levantamento e derrubamento de mastro, remete às confrarias de negros, que trouxeram essa forma de organização. Acontece em Periz de Cima desde o início do século XIX. Também conhecida como Festa do Engenho, em alusão ao engenho da família Rocha.

Festejo de São Benedito (Sede): festa de promessa com tambor de crioula, dança do coco e a dança do Lelê, que geralmente acontecem no dia do santo.

Festejo de Santo Antônio (2º sábado de julho – Centrinho 2). Festa de promessa semelhante à de São Benedito.

Festa de São Sebastião (janeiro)

Festa de São João (junho). Bumba boi; Tambor de Crioula, Dança do Coco; Cacuriá, Quadrilha, Dança Portuguesa

Pastor (dezembro - Sede e Periz de Cima): Auto com canto, dança e dramatização. Em um ano é encenado por crianças; no outro, pelos adultos. As encenações são acompanhadas por orquestra.

Festejo Rolo Grande (dezembro – Gameleira)

Eventos: Festival do Caranguejo (novembro – Periz de Baixo)

Fonte: Inventário Cultural Rosário – Santa Rita – Bacabeira. 2013