A povoação que deu origem ao município foi uma das mais antigas vilas do Maranhão. Provavelmente teve início a partir do Engenho União, produtor de açúcar mascavo e cachaça. Após a abolição, o proprietário desfez o engenho, mas permitiu que os negros que ali trabalhavam permanecessem nas terras. A povoação do local foi além das terras do engenho e o principal núcleo se estabeleceu próximo ao Rio Turiaçu, que favorecia os cultivos e também a comercialização de gergelim, arroz, algodão, feijão. Um comerciante vindo de Bacuri ali adquiriu terras e estabeleceu sua casa comercial, depois uma fábrica de beneficiamento do algodão, que exportava para São Luís. Serrano pertencia a Cururupu até 1994, ano em que foi emancipado juntamente com outros 80 municípios. Serrano é um dos municípios com maior parcela de população negra no país, o que se reflete em sua forte expressão cultural.

FONTE: IMESC

O município está na região das Reentrâncias Maranhenses, onde se encontra a Floresta dos Guarás, que se estende por oito municípios (Apicum-Açu, Bacuri, Cedral, Cururupu, Guimarães, Mirinzal, Porto Rico do Maranhão e Serrano do Maranhão).

A proximidade com o mar é marcante tanto para a sede quanto para os povoados. Há presença de manguezais, além de áreas de mata fechada.

O relevo apresenta pequenas colinas. O município é banhado pelo rio Turiaçú, além dele destaca-se a presença dos rios Cururupu, Almas, Costa, Liconde, Cabelo de Velha, Onça e Anajatuba.

Unidades de Proteção Ambiental: APA das Reentrâncias Maranhenses, APA da Baixada Maranhense, Reserva Extrativista de Cururupu.

A cidade ainda possui casarões antigos e no interior se nota a presença de casas de taipa cobertas de pindoba.

A pesca é artesanal é mais comum nos igarapés e mais forte nos povoados, há também piscicultura em alguns. A pecuária é atividade bastante presente e o boi é utilizado no transporte de cargas, sendo comum o uso do carro-de-bois. Há cultivo da mandioca para produção de farinha e também de milho e feijão. A extração de juçara está presente em todos os povoados, assim como a extração de água de coco.

FONTE: IMESC

Serrano compartilha com Cururupu e algumas outras localidades, a presença do Bumba Boi de pandeiro ou costa de mão, com sua batida distinta. A turma mais conhecida é o Boi de Soledade. Também estão presentes os sotaques de zabumba e de orquestra.

O Tambor de Crioula é bastante forte.

Também há Dança do Coco, que remete ao trabalho com o coco babaçu, as apresentações ocorrem no ciclo junino; Quadrilha e da Dança Portuguesa.

O festejo de destaque é o do padroeiro São Paulo.

O Carnaval tem blocos de rua.

Há festividades no Dia da Independência e no aniversário da cidade. A cidade também conta com um Festival da Juçara.

É forte a presença de Tambor de Mina, com mais de 30 terreiros.

O carro de boi é uma presença característica no município, assim como em Cururupu. Usado como meio de locomoção e transporte da produção agrícola, hoje é visto como uma prática cultural e há artesãos especializados em seu feitio. Em novembro os moradores participam do encontro organizado em Cururupu.

São 27 comunidades certificadas: Açude, Bacabal do Paraíso, Boa Esperança dos Campos, Boa Esperança II, Brasília, Cabanil, Campinho, Cedro, Deus Bem Sabe, Frechal dos Campos, Iteno, Luciana, Malungos de Olho d’água, Mariano dos Campos, Mendes, Nazaré, Palacete, Paxibal, Ponta, Rio do Peixe, Rosário, Santa Filomena, Santa Rosa, Santo Antônio, São Benedito, Soledade, Vera Cruz, Vista Alegre. Várias comunidades lutam há anos pelo seu direito. Grande parte dos quilombolas ainda não possui o título de propriedade.