Artesanato do Maranhão

Cidades

SANTA RITA

Artesãos registrados
46
Distância da capital em Km
78 km
Região
Baixo Itapecuru – Norte Maranhense
Bioma
Amazônia
População
37.035 hab. (IBGE/ 2022)
IDH
Médio
Perfil do artesanato
Santa Rita tem seu artesanato voltado principalmente para a produção de utilitários. No Povoado Cai Coco, a Família Carvalho produz com qualidade todo tipo de trançado de palha de pindova/ babaçu: cofos de diversos formatos e tamanhos, abanos e mensabas. Esses produtos também são realizados por bons artesãos nos povoados Areias, Caruaru, Nova Vida e São José do Enfezado. Em Caruaru também são produzidas peças de guarimã como peneiras e balaios. Em Santa Filomena, Louro produz cestaria em babaçu, além de peneiras e balaio de guarimã muito bem executados. As peças de guarimã também são encontradas em São José Passanã. Em Veneza, Toinho do Tapiti realiza essa peça tanto em guarimã como em fita de arquear. O couro tem excelentes artesãos na sede (Júlio Cabral, seus filhos, Antonio e Getúlio, e seu discípulo Neto), que produzem selas, apetrechos de montaria, bainhas de faca, belos alforges, chinelos e sandálias. O ferreiro Elismar produz ferramentas agrícolas e instrumentos musicais de zinco. Artefatos de pesca, muito utilizados na região, são produzidos em diversos locais: Cai Coco, Caruaru, Rancho Papouco, Recurso, São José do Enfezado, Veneza e na Sede. Em Centrinho estão os artesãos Lino e Cabudi, que sabem fazer de tudo e se destacam no banjo e na bateria de escola de samba. Caixas do Divino Espírito Santo e cabaças são feitas sob encomenda em Olho D’Água. Em Placa de Recurso os irmãos Jarli e Jani especializaram-se respectivamente nas maquetes de papelão ricas em detalhes e na pintura realizada em diferentes suportes (tecido, parede e outros). Em Santa Rita também são feitos produtos de pet reciclado, anéis de tucum, bonecas de pano e diversos objetos decorativos.
História

Originalmente, o território onde se localiza Santa Rita era denominado Itapecuru Grande. Registros históricos apontam que foi a expedição do Capitão de Infantaria Raimundo Henrique Viana de Carvalho que deu origem ao povoado, em 1890, ao erguer uma capela para Santa Rita de Cássia. Mas foi somente com a construção da Estrada de Ferro São Luís-Teresina, em 1919, que a localidade ganhou algum impulso. A ferrovia incrementou a comercialização de produtos das lavouras da região e foram construídas duas estações na zona rural: Carema e Recurso. A estação de Carema foi um importante polo de escoamento da farinha produzida em toda a região, mas que ficou conhecida pelo nome da estação. No povoado de Recurso, próximo à estação, estão os remanescentes do engenho Sangue Azul, construído no final do século XIX para produzir açúcar, melaço e aguardente. Em 1940, a construção da BR 21, posteriormente BR 135, que ligou a ilha de São Luís ao continente, desencadeou um novo período de desenvolvimento em Santa Rita, com forte movimento migratório. Muitas pessoas se instalaram no povoado, que foi se transformando em centro agrícola e comercial. A estação Piroaba, nas décadas de 1940 e 1950 serviu como entreposto de açúcar e de lenha produzidos em Santa Filomena. Em 2 de dezembro de 1961 (data considerada seu aniversário), conquistou autonomia como município, sendo desmembrado de Rosário. Santa Rita segue conhecida como Terra da Farinha. A Igreja de Santa Rita de Cássia (1890), que marca o estabelecimento do povoado original, está situada às margens da BR 135. Além dela estão preservadas a Capela de Nossa Senhora da Conceição, em Recurso (1800); a Capela de São Benedito da Casa do Forno, em Marengo (1800) e a Capela do Sagrado Coração de Jesus, em Carema (1910). A linha férrea segue funcionando, mas as estações foram desativadas.

FONTE: Enciclopédia dos Municípios. Microregião de Rosário. IMESC

Paisagem e atividades

A cidade é banhada pelo Rio Itapecuru e pelos riachos Carema, Ipiranga (com o afluente Quebra-Coco), Careminha, Criminoso (com o afluente Nambiquim) e Andirobal.

Na vegetação destaca-se o babaçu. Nas margens do Itapecuru há também outros tipos de palmeiras, como o tucum, a macaúba e a buritirana, além de juçarais. Também estão presentes manguezais, mata ciliar e vegetação de campos inundáveis.

Unidade de Conservação: APA Upaon-açú / Miritiba / Alto Preguiça

A farinha de Santa Rita é considerada uma das melhores do Estado, sendo produzida nos povoados Areias, Jiquirí, Sítio do Meio, Cai Coco, Santiago, Veneza, Juçara e Santa Bárbara. É escoada através de pontos de vendas ao longo da BR 135 e na Feirinha do Mercado Municipal às quartas-feiras.

Há produção de arroz, feijão, milho, banana, laranja, mamão, maracujá e o coco-da-baía, maxixe, cheiro-verde, alface, repolho, quiabo, pepino, vinagreira e cebola. É abundante a presença de peixes de água doce como traíra, jejú, curimatá, mandi, piranha, cascudo, anojado, carambanja, piaba, sarapó, muçum e tambaqui. Muitas comunidades têm a pesca como atividade principal (Areias, Cantagalo, Carema, Jiquirí, sede).

O sindicato de pescadores tem 500 indivíduos registrados e a colônia 1.650. A extração da juçara, da amêndoa do babaçu e do carvão vegetal são atividades bastante presentes. Também são comercializados o bacuri e o cupuaçu. As quebradeiras de coco babaçu estão presentes principalmente no povoado Sítio do Meio. Existem algumas olarias – próximas ao povoado Centrinho – que aproveitam a presença de boa argila na região. Há extração de pedra, quartzo e areia.

A sede possui dois hotéis e uma pousada. Há balneários de rio nos povoados Areias e Porto Alegre. Há um núcleo o IFMA e a Faculdade de Educação e Teologia do Maranhão (FETMA), com cursos de História e licenciatura em Matemática, Teologia, Biologia, além do magistério.

FONTE: IBGE, Enciclopédia dos Municípios. Microregião de Rosário. IMESC

Cultura

Santa Rita tem cultura expressiva presente sobretudo nas comunidades de população majoritariamente negra, com muitos grupos, brincadeiras e festejos. Tambor de Crioula, Turma de Batucada, Blocos de Carnaval (Marengo), Dança do Coco e Quadrilha junina são as mais presentes.

O município também é terra de diversos mestres da cultura popular.

Brincadeiras: Tambor de Crioula (sede, Cantagalo, Recurso, Sitio do Meio); Terecô de Caixa, Dança do Coco (inspirada nos cantos e movimentos dos trabalhadores dos babaçuais - Cantagalo, sede); Turma de Samba/ de Batucada (Centrinho e Recurso); Bumba meu Boi (Boi de Orquestra: sopro, cordas e tambor – Sede; boi de cofo); Cacuriá (Rancho Papouco); Dança portuguesa; Quadrilha junina; Blocos de Carnaval

Festejos: Festa do Divino Espírito Santo (nos terreiros da sede e nos povoados Marengo - outubro e dezembro, Enfezado e Jiquirí); Festejo de São Benedito (Marengo – novembro; Jiquiri - dezembro); Festa São João (São José do Fogoso, junho); Festejo de Santo Antônio (Sede, junho - Sítio do Meio, setembro); Festejo de São Francisco de Assis (São José Fogoso, início de outubro. Padroeiro da comunidade); Festa de Santa Rita de Cássia; Festejo de São Raimundo Nonato; Festa de Santa Maria (Sítio do Meio, 30 de maio); Festa de Nossa Senhora da Conceição (dezembro: Recurso; Cai Coco; Sede - 29 de novembro a 8 de dezembro). FONTE: IPHAN. Inventário Cultural: Rosário, Santa Rita e Bacabeira. Social Capital Group, 2013

Comunidades Quilombolas
São 28 registradas: Abana Fogo (Bana Fogo), Alto da Pedra, Areias, Cajueiro, Careminha, Cariongo, Centro dos Violas, Conduru, Conceição, Estopa, Ilha das Pedras, Jiquiri, Maniva, Marengo, Morada Nova, Nossa Senhora da Conceição, Pedreiras, Recurso, Santa Filomena, Santa Luzia, Santa Rita do Vale, Santana, São Benedito, São João 2, São José do Fogoso, São Raimundo, Sítio do Meio I, Vila Fé em Deus
Bancos
Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica
Correios
Av. Ivar Saldanha, 800 – Tel: (98) 3451-1144

Povoados 15

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