Artesanato do Maranhão

Cidades

PRIMEIRA CRUZ

Artesãos registrados
43
Distância da capital em Km
212 km
Região
Litoral Oriental Maranhense – Norte Maranhense – Lençóis Maranhenses
Bioma
Amazônia e Cerrado
População
13.614 hab. (IBGE/ 2022)
IDH
Baixo
Perfil do artesanato
Primeira Cruz é terra de grandes carpinteiros navais, alguns deles empregam seu conhecimento também na criação de miniaturas das embarcações mais comuns no município, como a biana, o bote, a lancha e o casco. Outros artesãos também se inspiram nessa presença para criar seus barcos em miniatura na sede e na ilha Areinhas (Ivaldo, Budi, Ilsinho, Bizeca, Marcelo). A bela e extensa Lagoa do Cassó provém trabalho, lazer e também o junco, que é extraído anualmente (entre março e junho, quando a lagoa está bastante cheia) para a confecção em tear de esteiras que protegem o lombo dos animais do selote e da cangalha ou servem como colchão. Os artesãos concentram-se nos povoados Cassó e Sangradouro da Lagoa do Cassó. As esteiras são executadas com capricho e podem ter outros usos, empilhadas como banquetas, usadas em cadeiras e bancos, como base para cama etc. A forte presença da pesca cria a demanda para caçoeiras, tarrafas, pitilzeiras, sabujeiras, landuás e puçás, produzidas principalmente por mulheres. Hilda, Domingas, Elena e Joedson provém pescadores da região. Os trançados de babaçu, anajá, buriti e guarimã (cestaria, peneiras, tapitis, esteiras, abanos) são realizados por excelentes artesãos como Adelino e Sebastião, em Cassó; e Martinho em Matões, que também produz cadeiras e sofá com o pecíolo do buriti. Os tipitis, que têm a confecção mais complexa, são feitos por Pedro Santos e Sebastião. As cestas de tucum (palha e talo) são feitas nos mais diversos formatos e tamanhos por Rita de Cássia, na sede, e por Nonata, no Cassó. O coquinho do tucunzeiro é transformado em anéis e outras bijuterias por Cafú e Ilsinho. Joel, na sede, é o ferreiro que executa ferramentas (sacho, foice, marreta, martelo, talhadeira), âncoras/ ferro e outras peças na sede. Outro grande destaque do artesanato de Primeira Cruz são as lindas redes de carreira em carnaúba. Campo Novo é um centro especializado nessa tradição, com artesãs como Dete, Concita, Maria Domingas, Maria Isabel e Remédios. A mesma técnica de tecer é utilizada para o fio de algodão, o retalho torcido, o TNT e até dos fios de saco de cebola, em recriações coloridas e originais. A matriarca Maria de Jesus, moradora da sede, transmitiu seu conhecimento para as filhas Luzia Farofa, Magnólia e Maglene. Em Cassó, Rosa representa essa tradição. Redes de tecido com belas varandas de crochê são produzidas coletivamente na sede. Tapetes e todo tipo de peça em crochê são a especialidade de Claudia, Magnólia e Leudi. Chapéus de carnaúba de uma ou duas capas (neste caso a peça é dupla e mais firme) são feitos por Maria Alves, Remédios, Maria Alves e Marial Isabel. As miniaturas não se restringem às embarcações, são encantadores os móveis realizados em buriti por Neybson (que também faz mini radiolas) e, em arame e fio, por Coquinha. As conchas são utilizadas por Israel e por Leandro em peças de decorativas. José de Sousa faz peças em gesso (estatuetas de animais, mesinhas, vasos) pintadas de forma atrativa em Areinhas. Edilson faz quadros entalhados na Sede.
História
Os primeiros habitantes da região foram indígenas estabelecidos ao longo do litoral oriental maranhense. Em outubro de 1614, o território do atual do município, localizado na margem direita do Rio Periá, serviu como acampamento da expedição luso-espanhola que derrotaria os invasores franceses na batalha de Guaxenduba, ocorrida da Praia de Santa Maria (Icatu). Sob o comando de Jerônimo de Albuquerque, os expedicionários erigiram a cruz que deu nome ao local. Jesuítas chegaram a estabelecer fazendas na região, em Alegre e no Salgado. Após sua expulsão em 1759, as terras, incluindo a área da sede do atual município, foram arrendadas por Manuel da Silva Jorge. Em 1840, a localidade sediou as forças imperiais que vieram combater os rebeldes da Balaiada. No passado, a extração de sal e da cera da carnaúba foi importante fonte de renda. Primeira Cruz tornou-se distrito de Humberto de Campos em 1886. Foi elevada a vila em 1924 e, em 16 de outubro de 1947, foi emancipada (data considerada seu aniversário). Entre 1960 e 1990 a Petrobras prospectou e encontrou petróleo na denominada bacia de Barreirinhas, nas proximidades do povoado Caeté, mas nunca houve exploração comercial. Em 1994, a cidade perdeu metade de seu território com a emancipação do distrito de Santo Amaro. FONTE – IBGE, Wikipédia
Paisagem e atividades

A cidade, situada em um braço de mar, tem grande beleza natural com presença de dunas, manguezais, praias, rios e a Lagoa do Cassó, um belo balneário situado no povoado de mesmo nome.

Sua sede está às margens do rio Periá, que faz a divisa com Humberto de Campos. O rio tem grande movimento de embarcações pequenas, que representam o principal meio de transporte da população. Além do Periá, estão presentes os rios Mirim, Miritibinha, Mananzaro, Velho, Alegre (sul) Rio Marciano, Rio Ribeira, Riacho da Lagoa Grande, Rio Queixada, Rio Alegre, Rio das Pedras, Rio Juçaral, Riacho do Gengibre, Rio Cocal, Riacho do Jacu.

Parte de seu território está no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, mas o acesso pela cidade é difícil, todavia, descendo o Periá a partir da sede, chega-se a diversas ilhas e praias desertas do Parque, somente acessadas dessa forma.

A paisagem da também apresenta apicum, campos inundáveis, restingas, campos de areia, buritizais e carnaubais. Grande parte dos povoados tem origem indígena e está situada ao longo dos rios.

A população é predominantemente rural.

Unidades de Conservação: Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses; APA Upaon-açú – Miritiba - Alto Preguiça

A pesca artesanal de água salgada está entre as principais atividades de Primeira Cruz, as espécies mais presentes são o camarão vermelho, o camarão branco, a pescada amarela, a tainha, o peixe pedra, o caranguejo-uçá e o sururu. A agricultura produz arroz, feijão, milho, mandioca, cebolinha, coentro, maxixe, milho verde e quiabo. Também produz coco, castanha de caju, juçara, farinha e carvão vegetal.

Apesar do cenário privilegiado, o turismo ainda é incipiente e voltado ao público local, com os balneários da Lagoa do Cassó e de rios presentes em alguns povoados. Passeios fluviais e pesca esportiva podem ser acertados diretamente em seu porto. O Terminal Hidroviário está construído em concreto e recebe embarcações pequenas, que transportam passageiros e carga, ligando a sede aos povoados e às cidades de Humberto de Campos e São José de Ribamar.

FONTE: IMESC

Cultura

Brincadeiras: Cordões de São Gonçalo, Bumba Meu Boi; Quadrilhas juninas; Dança do coco

Festejos: Festejo de Nossa Senhora da Conceição, Festejo de Cristo Rei; Festejo de Santo Amaro; Festejo de São Sebastião

Comunidades Quilombolas
Há duas comunidades certificadas: Santo Antonio e Santo Antonio dos Pretos
Bancos
Bradesco
Correios
Av. de Outubro, 16 – Tel: (98) 3368 1162

Povoados 6

Tipos de produto total de itens cadastrados