Artesanato do Maranhão

Cidades

BARREIRINHAS

Artesãos registrados
103
Distância da capital em Km
260 km
Região
Litoral Oriental – Norte Maranhense – Lençóis Maranhenses
Bioma
Marinho Costeiro e Cerrado
População
65.583 hab. (IBGE, 2022)
IDH
Baixo
Perfil do artesanato
Barreirinhas é uma das principais cidades artesanais do Maranhão, seu artesanato é bastante desenvolvido e conhecido nacionalmente. Em conjunto com Paulino Neves e Tutóia, forma um pólo de excelência na produção de peças feitas com o linho de buriti. É praticamente a única cidade maranhense que exporta sua produção para outros estados e países. As mulheres formam expressiva maioria dentre os artesãos. O turismo é bastante importante para o escoamento da produção e para a renda das artesãs. O crochê, o macramê e a tecelagem são as técnicas mais presentes e aprimoradas. Ainda são bastante utilizados os tingimentos naturais feitos com diversas plantas e cascas: salsa da praia, urucum, gonçalaves, casca de cebola, açafrão e muitos outros. Também são utilizados corantes industriais. Há povoados com grande presença de artesãs e artesãos, que se especializaram em determinados produtos. Em Marcelino, são produzidas belíssimas bolsas em macramê e nas técnicas chamadas de malha de cofo e malha de cascudo, além de chapéus e pequenos cestos retangulares. Em Manuelzinho a especialidade são bolsas e chapéus em macramê. Laranjeira produz toalhas, caminhos de mesa e toalhinhas redondas em crochê chamadas de guardanapo (para jogo americano ou enfeite). Santa Rita produz belos descansos de panela/ jogos amaricanos com a palha do buriti trançada. Na sede são produzidos redes, bolsas, toalhas e chapéus de linho de buriti, além dos tapetes e mamucabos finamente tecidos em tear manual na técnica chamada de batido. Na sede há também pequenas fábricas – em geral familiares - que criam chinelos, bolsas, chapéus, porta-moedas, caixas forradas, porta-retratos, objetos decorativos e outros, montados com os tecidos de linho de buriti (tapetes e mamucabos), os cintos e cabrestos de macramê produzidos nos povoados e em Paulino Neves. Essas fábricas exportam seus produtos para diversos estados e também para fora do país. Algumas artesãs produzem cordinhas de buriti utilizadas em acabamentos e alças e outras se especializaram na extração e tingimento do linho e fornecem para as demais. O linho e a palha do buriti, embora predominantes, não são a única matéria-prima trabalhada pelos artesãos e artesãs, também estão presentes o couro, a cestaria de tucum, móveis feitos com talo de dendezeiro, embarcações em miniatura, cerâmica, bordado, maquetes em isopor e trançados com tala de buriti. Destacam-se as duas cooperativas – ARTECOOP e COOPALMAR – que reúnem diversas artesãs da sede e dos povoados e que oferecem produtos diversificados realizados com o linho e a palha do buriti. O artesanato também está presente em diversas lojas e barracas de artesãos independentes.
História
Originalmente região dos indígenas Potiguara, a ocupação de Barreirinhas deu-se em meados do século XIX, com abertura de uma estrada que vinha de Campo Maior (PI) e seguia até Brejo (MA), passando por Icatu. Facilitaram a ocupação dessa região a navegabilidade e a fertilidade das margens do Rio Preguiças e seus afluentes, além da disponibilidade de campos e chapadas propícios à pastagem. Em 1858, foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Barreirinhas, com território desmembrado de Tutóia, Brejo, Miritiba e São Bernardo. Em 1871, tornou-se Vila e incorporou a antiga sede de Tutóia. Muitos piauienses se fixaram na região. A principal via de acesso era o Rio Preguiças. Em 29 de março 1938, a cidade foi emancipada (data considerada seu aniversário) com território desmembrado de Tutóia, do Brejo, de Humberto de Campos e de São Bernardo. Os povoados mais antigos são: Santo Antônio (foi produtor de açúcar e aguardente da Companhia de Jesus, mas os vestígios foram cobertos pela areia), Barreira Velha, São Domingos, Alto Bonito, Santa Rosa e Morro Alto. Nas margens da antiga estrada estavam: Vertente, Buriti Amarelo (ambos com presença de lavoura) e Santo Amaro (propício à criação de gado pela presença de pastagens), Campineiras e Buritizinho (criadores de gado cavalar e bovino, pertencendo atualmente a Brejo e Urbano Santos). Também eram centros antigos Cassó, Santa Cruz, São José, Olho D'Água, Morro Branco, Onça, Surrão e Bom Jesus. Na década de 70, a cidade experimentou o primeiro surto de mudanças provocadas pela descoberta de potencial petrolífero e gás em seu território. Surgiram bairros como Canequinho, Cebola e Aeroporto. Na década de 1990, houve um novo surto de crescimento, com os esforços de divulgação das belezas naturais dos Lençóis Maranhenses, o que propiciou a instalação de diversos empreendimentos turísticos de pequeno e médio porte. Seu aeroporto acaba de ser inaugurado. A cidade é conhecida como Pérola dos Lençóis, seu nome faz alusão às paredes de barro que existem ao longo do rio Preguiças. FONTE: IBGE
Paisagem e atividades

Barreirinhas é um dos portais de acesso ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, caracterizado pela presença de dunas móveis e lagoas naturais. Na região norte está a extensa faixa litorânea inserida no Parque.

Sua sede está localizada às margens do Rio Preguiças (que nasce há 120 km, em Anapurus), considerado o rio mais importante da região dos Lençóis Maranhenses, além de ser um atrativo paisagístico e importante via fluvial de acesso aos povoados da região dos Pequenos Lençóis. O rio possui vasto manguezal ao longo do seu curso, praias fluviais e oceânicas, além de vilas de artesãos, pescadores e agricultores. O Rio Novo e o Rio Negro são as divisas naturais de Barreirinhas com os municípios de Tutóia e Primeira Cruz. O Rio Negro é o responsável pela formação de grande parte das lagoas interdunares do Parque dos Lençóis. Barreirinhas também é banhada pelos rios Juçaraí, Maçangano, Sucuriju, da Fome ou da Formiga, Mamorana, do Santo Inácio e pelos riachos: Mirinzal, Açuí, Tucuns, do Poção, do Pirunga, das Cacimbas, São José, Giramundo, do Meio, Palmeirinha, do Molha, Passagem do Canto, Uriti, do Macaco, da Onça, do Guarimã, da Mangueira, da Mata, do Bosque, dentre outros. A cidade possui buritizais abundantes, matéria-prima de seu rico e diversificado artesanato.

Unidades de Conservação: Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses; APA Foz do rio Preguiças, Pequenos Lençóis e Região Laguna Adjacente; APA Upaon-Açu/ Miritiba/Alto Preguiça.

Cerca de 40,29% da população reside na zona urbana. A extração, beneficiamento e artesanato do buriti e de algumas outras matérias-primas é um forte componente da economia local.

O turismo é a principal atividade econômica de Barreirinhas, que possui o melhor núcleo urbano e de serviços turísticos para atender aos visitantes do Parque dos Lençóis, além de contar com as atrações do Rio Preguiças, praias fluviais e culinária centrada nos frutos do mar. A alta temporada se resume aos meses de junho, julho e agosto, época em que as lagoas estão cheias. O comércio, a pesca artesanal, a agricultura familiar, o extrativismo vegetal e a produção de castanha de caju completam as principais atividades presentes no município.

FONTES: IMESC; IBGE

Cultura

Brincadeiras: Quadrilha Junina, Dança Portuguesa, Bumba Boi Pérola dos Lençóis, Reisado, Cordão de São Gonçalo

Festejos: Festejos da Padroeira Nossa Senhora da Conceição

Eventos: Vaquejada (julho); Regata; Festival de jazz e blues

Comunidades Quilombolas
São 11: Cabeceira do Centro, Cantinho, Fura Braço, Marcelino, Moita, Quebra 1, Quebra 2, Santa Cruz, Santa Maria II, Santa Rita, Santo Antônio.
Bancos
Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Banco do Nordeste
Correios
R. Major Gallas, 95 – Centro – Tel: (98) 3349-1175

Povoados 13

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