FONTE: IBGE; Wikipédia.
O relevo do município é formado pelo Planalto Central Maranhense.
É banhado pelo rio Mearim e pelos rios Fogo, Barro Branco, Dois Braços, Encontro, Arara, Muçum, Crioli, Jurema, Barreirinho, Francalino, Barracas, Serra Grande, Necos, Limão, Jenipapo, Gavião, Difícil, Magalhães, Porco, Capim Duro, Coco, Cabo Chico. Os cursos d’água que o atravessam fazem parte das bacias hidrográficas do Mearim e do Grajaú.
Na vegetação predominam as matas de cerradão, mais baixas, características de transição entre as florestas amazônicas e os cerrados, também estão presentes árvores de grande porte típicas do sertão.
As atividades presentes são a pesca (tambaqui), a pecuária (bovino, caprino, suíno), a extração de mel de abelha, a agricultura (arroz, cana-de-açúcar, feijão, mandioca, milho e banana), o extrativismo (lenha, madeira em tora e babaçu), a produção de carvão vegetal e o pequeno comércio.
FONTE: IBGE; CPRM; IMESC
Festa do Moqueado (nas aldeias): também chamada de wira’ohaw (na tradução literal, festa dos pássaros), ritual de passagem das “meninas-moças” do povo Guajajara.
Aniversário da cidade (10 de novembro), Vaquejada, Carnaval (bloco Cheiro de Jenipapo) Festa do Sagrado Coração de Jesus (16 a 19 de julho), é a principal Festejo de São José padroeiro
POVO GUAJAJARA
Aldeias guajajara presentes no município: Aldeia Canabrava, Aldeia Felipe Bonè, Aldeia Bom Jesus, Aldeia Castelo, Aldeia Leite, Aldeia Barreirinhas, Aldeia El Betel, Aldeia Mussum, Aldeia Crioli.
Terra Indígena Cana Brava: tem 41,3% de seu território em Barra do Corda e o restante em Jenipapo dos Vieira (51%) e Grajaú (7,7%). São 4.510 habitantes
Terra Indígena Lagoa Comprida: tem uma pequena parte de seu território em Itaipava do Grajaú e o restante em Jenipapo dos Vieira. A população é de 805 habitantes.
Os Guajajara, também conhecidos como tenetehara, são um dos povos indígenas mais numerosos atualmente no Brasil. Habitam onze terras indígenas situadas no estado do Maranhão, nas regiões dos rios Pindaré, Grajaú, Mearim e Zutiua. O território dos Guajajara apresenta florestas altas da Amazônia e matas de cerradão, mais baixas.
Os guajajara nunca habitaram os cerrados vizinhos, região dos povos jê. Sua região mais antiga, historicamente conhecida, foi o médio rio Pindaré. A partir do final do século XVIII e início do seguinte, expandiram seu território para as regiões dos rios Grajaú e Mearim, onde se estabeleceram pouco tempo antes da chegada dos brancos, disputando com vários grupos timbira as áreas de caça. Por volta de 1850, uma parte dos tenetehára migrou para o norte e mais tarde passou a ser chamada de Tembé pelos regionais.
A língua falada por eles é o tenetehara, da família linguística tupi-guarani. Sua história de mais de 380 anos de contato com os não índios foi marcada tanto por aproximações com os brancos como por recusas totais, submissões, revoltas e grandes tragédias. A revolta de 1901 contra os capuchinhos teve como resposta a última "guerra contra os índios" na história do Brasil. Foram conhecidos por muitos povos como os "cuia de aço" por fazerem ferramentas excelentes para o trabalho.
A principal atividade é a agricultura, sendo comum o plantio de mandioca, macaxeira, milho, arroz, abóbora, melancia, feijão, fava, inhame, cará, gergelim e amendoim. Na estação seca, de maio a novembro, são realizadas a broca, derrubada, queimada, coivara e limpeza, enquanto de novembro a fevereiro se faz o plantio e as capinas. As áreas plantadas por unidade residencial geralmente são pequenas: atualmente, elas variam de 1,25 a 3,55 hectares. Algumas aldeias têm grandes roças comunais preparadas para projetos comunitários, para plantar arroz e frutas para a comercialização. A pesca é mais praticada pelas nas ribeirinhas, costumam pescar cerca de 36 espécies diferentes, sendo o cará, o cascudo, a lampreia, o mandi, o pacu, o piau e a traíra as mais comuns. Nos últimos anos, foram construídos pequenos açudes perto de algumas aldeias que permitem tanto a pesca de subsistência quanto a comercial. Em uma parte das terras guajajara, a caça voltou a ser mais produtiva durante os anos 1990, depois de serem iniciados controles mais eficientes dos limites das terras pelos próprios índios. As atividades de coleta estão sendo substituídas cada vez mais pela fruticultura. Atualmente os guajajara plantam cerca de 30 tipos de frutas e palmeiras. O único produto florestal ainda coletado em maiores quantidades para fins comerciais é o mel.
As fontes de renda mais comuns são a comercialização de produtos agrícolas, a venda de artesanato e trabalhos temporários (para os colonos) ou permanentes (para a Fundação Nacional do Índio). Atualmente as aldeias já não apresentam formato tradicional, localizam-se de preferência à beira de rios ou perto de lagoas na mata. A proximidade de uma estrada pode ser outro fator atraente: para se vender artesanato, por exemplo. Hoje em dia as aldeias são permanentes e podem ter mais de 400 moradores. A unidade mais importante é a família extensa, que é composta por um número de famílias nucleares unidas entre si por laços de parentesco. A chefia, sem regras fixas para se estabelecer, sofreu algumas mudanças com a política indigenista. Os principais critérios tradicionais para assumir a liderança (qualidades individuais e uma base) ficaram menos importantes, comparados com as exigências de saber lidar com o mundo dos brancos. Isto diz respeito, em primeiro lugar, à capacidade de se relacionar com os órgãos governamentais e tirar vantagens disto para a comunidade local, e à qualidades individuais (conhecimentos do português e talento diplomático, entre outras).
FONTE: Povos Indígenas no Brasil. ; Terras Indígenas no Brasil. https://terrasindigenas.org.br; Instituto Socioambiental (ISA).