Artesanato do Maranhão

Cidades

ITAIPAVA DO GRAJAÚ

Artesãos registrados
25
Distância da capital em Km
546 km
Região
Centro Maranhense - Alto Mearim e Grajaú
Bioma
Amazônia e Cerrado
População
13.828 hab. (IBGE/2022)
IDH
Baixo
História
A região em que o atual município está situado era habitada por povos indígenas de família linguística Jê. A colonização se deu por volta de 1940, com a chegada de alguns migrantes do Ceará e do Piauí que fugiam da seca em busca de áreas para cultivo. Ocuparam lotes de cinquenta hectares e desenvolveram as culturas de arroz, milho, mandioca e feijão, que ainda prevalecem no município. A povoação, com o nome de Itaipava das Pombas, pertenceu ao município de Grajaú até sua emancipação em 1994, com o nome atual, no mesmo ano em que foram criados outros 80 municípios no Maranhão. FONTE: IBGE; Wikipedia
Paisagem e atividades

O município é banhado pelo rio Grajaú e também pelos rios Axixá, Moelas, Zacarias, Macaúba, Preguiçoso, Cururu, Crioli, da Serra Grande, Gavião, Limão, Tucum, Jenipapo e outros riachos que integram as bacias hidrográficas do Mearim e do Grajaú.

Seu relevo é formado pelo Planalto Central Maranhense. A vegetação é de sertão, com presença de chapadas e, em alguns pontos, árvores grandes típicas do bioma amazônico.

A pecuária (bovinos, caprinos e suínos), o extrativismo vegetal (lenha e madeira em tora), a agricultura (arroz, cana-de-açúcar, feijão, mandioca, banana e milho), a produção de carvão vegetal e o comércio (presente na sede) são as principais atividades presentes.

FONTE: IBGE; CPRM; IMESC

Cultura

Festa do Moqueado: também chamada de wira’ohaw (na tradução literal, festa dos pássaros), ritual de passagem das meninas-moças do povo Guajajara.

Corrida da Tora Aniversário da cidade (10 de novembro)

Carnaval (blocos de rua)

Festejo de São Pio (23 de setembro), de Santo Antonio e de São João (arraial).

Há seis quadrilhas juninas e um grupo de dança portuguesa.

Vaquejada (povoado Calumbi)

Terras Indígenas

POVO GUAJAJARA

Terra Indígena Geralda Toco Preto: tem seu território nos municípios de Itaipava do Grajaú e Arame. A população da T. I. é de 970 habitantes. As aldeias presentes na T. I. são: Toco Preto, Bonito, Sibirino e Esperança.

Terra Indígena Lagoa Comprida: tem uma pequena parte de seu território em Itaipava do Grajaú e o restante em Jenipapo dos Vieira. A população da T. I. é de 805 habitantes.

Terra Indígena Urucú-Juruá: tem sua área dividida entre Itaipava do Grajaú e Grajaú. As aldeias presentes na T. I são: Juruá, Macaco, Sapucaia, Urucú e Pau Ferrado. A população da T. I. é de 835 habitantes.

Os Guajajara, também conhecidos como tenetehara, são um dos povos indígenas mais numerosos atualmente no Brasil. Habitam onze terras indígenas situadas no estado do Maranhão, nas regiões dos rios Pindaré, Grajaú, Mearim e Zutiua. O território dos Guajajara apresenta florestas altas da Amazônia e matas de cerradão, mais baixas.

Os guajajara nunca habitaram os cerrados vizinhos, região dos povos jê. Sua região mais antiga, historicamente conhecida, foi o médio rio Pindaré. A partir do final do século XVIII e início do seguinte, expandiram seu território para as regiões dos rios Grajaú e Mearim, onde se estabeleceram pouco tempo antes da chegada dos brancos, disputando com vários grupos timbira as áreas de caça. Por volta de 1850, uma parte dos tenetehára migrou para o norte e mais tarde passou a ser chamada de Tembé pelos regionais.

A língua falada por eles é o tenetehara, da família linguística tupi-guarani. Sua história de mais de 380 anos de contato com os não índios foi marcada tanto por aproximações com os brancos como por recusas totais, submissões, revoltas e grandes tragédias. A revolta de 1901 contra os capuchinhos teve como resposta a última "guerra contra os índios" na história do Brasil. Foram conhecidos por muitos povos como os "cuia de aço" por fazerem ferramentas excelentes para o trabalho.

A principal atividade é a agricultura, sendo comum o plantio de mandioca, macaxeira, milho, arroz, abóbora, melancia, feijão, fava, inhame, cará, gergelim e amendoim. Na estação seca, de maio a novembro, são realizadas a broca, derrubada, queimada, coivara e limpeza, enquanto de novembro a fevereiro se faz o plantio e as capinas. As áreas plantadas por unidade residencial geralmente são pequenas: atualmente, elas variam de 1,25 a 3,55 hectares. Algumas aldeias têm grandes roças comunais preparadas para projetos comunitários, para plantar arroz e frutas para a comercialização. A pesca é mais praticada pelas famílias ribeirinhas, costumam pescar cerca de 36 espécies diferentes, sendo o cará, o cascudo, a lampreia, o mandi, o pacu, o piau e a traíra as mais comuns. Nos últimos anos, foram construídos pequenos açudes perto de algumas aldeias que permitem tanto a pesca de subsistência quanto a comercial. Em uma parte das terras guajajara, a caça voltou a ser mais produtiva durante os anos 1990, depois de serem iniciados controles mais eficientes dos limites das terras pelos próprios índios. As atividades de coleta estão sendo substituídas cada vez mais pela fruticultura.

Atualmente os guajajara plantam cerca de 30 tipos de frutas e palmeiras. O único produto florestal ainda coletado em maiores quantidades para fins comerciais é o mel. As fontes de renda mais comuns são a comercialização de produtos agrícolas, a venda de artesanato e trabalhos temporários (para os colonos) ou permanentes (para a Fundação Nacional do Índio).

Atualmente as aldeias já não apresentam formato tradicional, localizam-se de preferência à beira de rios ou perto de lagoas na mata. A proximidade de uma estrada pode ser outro fator atraente: para se vender artesanato, por exemplo. Antigamente muito pequenas e de existência temporária, hoje em dia as aldeias são permanentes em alguns casos podem ter mais de 400 moradores.

A unidade mais importante é a família extensa, que é composta por um número de famílias nucleares unidas entre si por laços de parentesco. A chefia, sem regras fixas para se estabelecer, sofreu algumas mudanças com a política indigenista. Os principais critérios tradicionais para assumir a liderança (qualidades individuais e uma base) ficaram menos importantes, comparados com as exigências de saber lidar com o mundo dos brancos. Isto diz respeito, em primeiro lugar, à capacidade de se relacionar com os órgãos governamentais e tirar vantagens disto para a comunidade local, e à qualidades individuais (conhecimentos do português e talento diplomático, entre outras).

FONTE: Povos Indígenas no Brasil. ; Terras Indígenas no Brasil. https://terrasindigenas.org.br; Instituto Socioambiental (ISA).

Bancos
Bradesco, Caixa Econômica Federal (lotérica)
Correios
Rua Maria Livino, 7 – Centro Tel. (99) 3614-1069

Povoados 6

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