Artesanato do Maranhão

Cidades

HUMBERTO DE CAMPOS

Artesãos registrados
30
Distância da capital em Km
183 km
Região
Litoral oriental – Norte maranhense – Lençóis Maranhenses
Bioma
Amazônia e Cerrado
População
25.669 (IBGE/ 2022)
IDH
Baixo
Perfil do artesanato
Humberto de Campos é a terra da reconhecida ceramista Maria José Frazão, a Maria do Pote, que vive no belo povoado Periá às margens do rio de mesmo nome e produz belas pelas utilitárias e decorativas. Destaca-se também o modelismo naval. As embarcações locais são reproduzidas por artesãos como o mestre Zé da Velha, Chaga da Joana, Jailson e o jovem Cafeteira. A produção de cofos, esteiras, abanos, jacá, cesto, canastras, tipitis e peneiras de babaçu, anajá, buriti, guarimã e cipós está bastante presente na sede e nos povoados. Alguns artesãos dedicam-se à produção de remos, vogas e outros artefatos náuticos em madeira. Também estão presentes ferreiros que produzem as ferramentas mais utilizadas na região. Há dois artesãos que produzem armação do boi em buriti costurado, para a brincadeira do Bumba Boi. O jovem Regilson trabalha o couro em selas, apetrechos e bainhas de faca. Adriano Espíndola realiza com grande competência esculturas de animais, barcos e belas maquetes dos prédios mais simbólicos da cidade, utilizando madeira e buriti, além de miniaturas de embarcações. Raimundo Nonato Sousa, o Dico, recria os pássaros da região em madeira e coco babaçu.
História

Em 1612, uma expedição francesa liderada por Daniel de La Touche aportou na ilha de Upaon-Mirim, atual Ilha Santana pertencente a Humberto de Campos. Ali os franceses aguardaram as instruções para seguir rumo a Upaon-açu, atual São Luís. Somente no século XIX, é que esse território começou a ser colonizado. Por volta de 1817, o maranhense José Carlos Frazão vindo do Mearim chega à região para comercializar com os indígenas e passa a buscar um local para iniciar uma lavoura. Fixou residência temporária na aldeia ali existente, pois nas proximidades havia área propícia, conhecida por Miritiba, pela grande quantidade de miri ou mirim existente. A área era cortada por extensos lençóis de areia e pelo rio Periá ou Preá, que irrigava o solo. Frazão construiu uma edificação no local, dando início ao arraial denominado São José do Periá. Em 1835, a localidade tornou-se distrito, denominado Miritiba, subordinado a Icatu. Durante a Balaiada, em Miritiba teve início a monarquia do Negro Cosme, que instalou-se nas matas circunvizinhas, formando uma corte com mais de dois mil negros foragidos. Em 1840, Miritiba foi tomada pelos rebeldes, em janeiro de 1841 foi atacada e ocupada pelas forças imperiais, sob comando do futuro Duque de Caxias, que derrotaram os rebeldes. Em 1859, foi elevada a vila, sendo desmembrada de Icatu com a denominação de vila de Miritiba de São José do Periá. Tornou-se município autônomo em 13 de dezembro de 1934 – data considerada seu aniversário – recebendo o nome de Humberto de Campos, em homenagem ao poeta e escritor, filho de Miritiba, falecido naquele ano no Rio de Janeiro. Em 1938, foi criado o distrito de Primeira Cruz e anexado a Humberto de Campos, que assim permaneceu até 1947.

FONTE: IMESC; IBGE; WIKIPÉDIA

Paisagem e atividades

O município possui praias litorâneas e de água doce, manguezais e campos inundáveis no período chuvoso. Parte de seu território é formada por ilhas (Atim, Carnaubeira, Carrapatal, Coqueiro, do Duarte, do Gato, Grande, Macacueira, Macunandiba, Ponta do Caquira, Ponta do Morro, Rosário, Rosarinho e outras), destacando-se a Ilha de Santana, rodeada por várias outras, que possui praia, altíssimos manguezais e apicuns.

A presença dos cursos de água é marcante, com destaque para os rios Periá e Mapari, além do Preguiças, Alegre, Axuí, Bacaba, Barro Duro, Carrapato, Cedro, Coqueiro, Formiga, Grande, do Meio, Negro, da Ribeira, São Bernardo e São Pedro. Seu território também é irrigado pelos riachos Grota das Palmas, da Mata, Tangidor, do Rodeador, do Marigal, Santo Antônio, Baixa Seca, da Cancela, do Mangal, da Prata, da Boneca, do Preá e vários igarapés.

Está situado no entorno do Parque dos Lençóis Maranhenses.

Unidades de Conservação: APA Upaon-açú/ Miritiba/ Alto Preguiça.

Historicamente a economia do município está baseada na pesca (pescada amarela, piau, curimatá e camarão) e na agricultura (mandioca, arroz, milho e feijão) e criação de animais. Também produz em pequena escala a banana, o coco, a juçara, a castanha de caju e hortaliças. Existe também a produção de carvão vegetal e sal marinho.

FONTE: IMESC

Cultura

Brincadeiras: Boi Famosão de Humberto de Campos (a brincadeira tem o maior boi do Maranhão, que requer de 12 a 16 pessoas no miolo); Boi de Cabeceira; Jornada de São Gonçalo (Povoado Bom Jesus)

Festejos: Festa Senhora Santana (Igreja Matriz, julho); Festa do Divino (Povoado Periá); Festa de Santa Clara (Povoado Santa Clara); Carnaval

Eventos: Festival do Peixe-Boi (nos povoados Cedro e Rampa)

Comunidades Quilombolas

Periá, Rampa

Bancos
Banco do Brasil, Bradesco
Correios
R. Otaviano Ribeiro, s/n – Centro – Tel.: (98) 3367 1184

Povoados 5

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