Artesanato do Maranhão

Cidades

CURURUPU

Artesãos registrados
138
Distância da capital em Km
230 km com travessia por balsa (6 horas) ou 449 km por terra
Região
Norte Maranhense – Litoral Ocidental
Bioma
Amazônia
População
31.558 hab. (IBGE, 2022)
IDH
Médio
Perfil do artesanato
ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE CURURUPU – AFAC Av. João Pessoa, 387 Bairro Filipinho, Convento São José, São Luís http://afac-cururupu.com.br/acoes/
História
A região em que está situado o município foi originalmente habitada pelos tupinambás. Acredita-se que tenha sido visitada por franceses no século XVII nas suas expedições de reconhecimento, que entraram pelo Gurupi. Entre 1816 e 1835 os indígenas sofreram uma guerra de extermínio comandada por Bento Maciel Parente e acabaram abandonando suas terras, dando origem à colonização por portugueses vindos de Guimarães. O lugar, onde estavam muitas fazendas, ficou conhecido como Cabelo de Velha, nome do cacique tupinambá que comandou a resistência indígena. Em 1835, tornou-se distrito de Guimarães. A mão-de-obra escravizada era trazida diretamente da região dos atuais Guiné e Benin. As primeiras fazendas produziam farinha de mandioca, açúcar e aguardente de cana, usando engenhos a vapor. O fim da escravidão trouxe a decadência da economia local. Os negros foram os grandes povoadores da região. Em 3 de outubro de 1841, data comemorada como seu aniversário - Cururupu passou à categoria de Vila e foi emancipada de Guimarães.
Existem três versões para o nome da cidade: a primeira diz que nasceu da junção de Cururu, apelido do cacique Cabelo de Velha, com o som da arma que o matou, daí Cururupu; a segunda, sustenta que era este o nome de uma fazenda na margem esquerda do rio Cururupu, onde fundeavam os barcos a vapor; a terceira indica que se trata de termo tupi que quer dizer barulho de sapo.
A cidade ainda guarda parte de patrimônio arquitetônico do século XIX.
FONTE: IMESC
Paisagem e atividades

Município litorâneo, sua paisagem é marcada pela forte presença de manguezais. A cidade tem uma extensa zona costeira, está situada nas Reentrâncias Maranhenses. O Arquipélago de Maiaú ou São João está situado em Cururupu, mas algumas ilhas são acessadas mais facilmente por Apicum-Açu. Ele é composto por mais de uma dezena de ilhas e enseadas que formam um complexo estuarino ligado por canais chamados de “furos”, os quais também são recortados por inúmeros igarapés, cobertos por manguezais, que hospedam várias espécies de peixes, crustáceos, moluscos e aves. Na maioria das ilhas há comunidades de pescadores.

Dentre as ilhas mais bonitas estão a dos Lençóis, Guajerutiua, Peru, São Lucas, Valha-me Deus, Porto Alegre, Caçacueira. A presença de água doce também é expressiva, o território é cortado pelos rios Cururupu, Liconde, Uru-Mirim, Grande, Cabelo de Velha, Igarapé-Açu e a região é repleta de nascentes.

O relevo é baixo e tem a presença de dunas. A floresta amazônica já sofreu forte desmatamento na região, mas sua presença ainda é relevante.

Unidades de Conservação: APA das Reentrâncias Maranhenses, criada em 1991; Reserva Extrativista Marinha de Cururupu, criada em 2004; Parque Estadual Marinho do Parcel de Manoel Luís, há 83 km da costa, conhecido como o "Triângulo das Bermudas" brasileiro por ser um dos maiores cemitérios de embarcações do mundo.

A base econômica do município é a pesca, seja artesanal, seja de maior porte. Seu litoral é considerado um dos mais piscosos do mundo. A pesca artesanal serve-se de uma variedade de técnicas (puçás, tarrafas, zangarelhos, espinhéis e outros). Também se destaca a construção de embarcações, com diversos estaleiros artesanais em atividade. Outras atividades fortes são o extrativismo vegetal; a criação de animais de pequeno porte; o cultivo de arroz, milho e mandioca; o pequeno comércio e a produção de farinha.

O turismo tem grande potencial a ser desenvolvido, dada a beleza natural da região (ilhas, praias, dunas, lagoas, Farol de São João, santuários ecológicos) e a força de sua cultura.

FONTE: IMESC; Wikipedia

Cultura

Cururupu, em conjunto com Serrano do Maranhão, é terra de Bumba Boi sotaque de pandeiro (também chamado de costa de mão). Mas este não é o único sotaque presente.

Bumba Meu Boi - Sotaque Costa de Mão: utiliza pequenos pandeiros tocados com a costa da mão. Além de roupa em veludo bordado, os brincantes usam chapéus em forma de cogumelo, com fitas coloridas e grinaldas de flores. Grupos: Brilho de Areia Branca, Rama Santa, Brilho da Soledade, Boi de Cofo. Bumba Meu Boi - Sotaque Zabumba. Grupos: Nação Guerreira, Tupinambá, Batalhão de Boa Vista, de Emídio Bumba Meu Boi - Sotaque Orquestra. Grupo: Prenda de Cururupu

Outro destaque da cultura local é a fabricação e uso do carro de boi.

Tamborim: essa manifestação foi preponderante no passado, hoje existem apenas dois grupos de Tamborim. Os homens tocam tambores, cabaças e ferros, as mulheres bailam, podendo ser acompanhadas por homens.

Tambor de Crioula (resgate Cultural de Filomena Costa),

Cacuriá,

Dança Portuguesa,

Quadrilha Junina,

Dança do Côco,

Boiadeiro,

Dança Afro, Bloco Afro Omnirá,

Escola de Samba Flor do Samba

Grupos culturais: Resgate Cultural, Tranzado.

Festejos: Festejo de São João Batista (padroeiro, junho), Festa de São Benedito (outubro), Carnaval

Eventos:

Festival do Tambor de Crioula (setembro);

Encontro de Carros de Boi (novembro, na sede): promovido pelo Instituto Negro Cosme e pela Associação da Comunidade Rio das Pedras. A festa envolve famílias das comunidades (também de Serrano) que usam o seu carro com a parelha de dois bois para o trabalho diário e também para transportar os produtos da agricultura familiar para vender na feira da cidade.

Comunidades Quilombolas
São 15 comunidades: Acre, Aliança, Alto Brasil, Boa Vista, Ceará, Condurús, Curral Grande, Entre Rios, Fortaleza, Iteno, Oiteiro, Rio de Pedras, Rumo, Santa Joana, Santa Rita
Bancos
Casa Lotérica, Bradesco, Branco do Brasil
Correios
Travessa Martins da Pátria, 10 – Centro

Povoados 24

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